segunda-feira, julho 28, 2003

Bolinha, o nome da fera.
Dia 17/07, postei sobre um cachorro lazarento que quis, já num primeiro encontro, muita intimidade com a batata da minha perna. De lá para cá, descobri que o tal cachorro não era tão de rua assim. Ele não tem casa fixa mas é tratado por um pessoal de uma banca de jornal. Depois da mordida já havia encontrado com ele algumas vezes.

Pois bem, sábado passado era o meu prazo para saber se eu precisaria tomar outra dose de vacina ou não. E tudo dependeria da condição de saúde do au-au. Bastava ele estar vivo, para eu me livrar da picada. Logo na parte da manhã, fui até onde costumava vê-lo e não o encontrei. Resolvi perguntar na banca. Estava meio sem jeito, mas encarei:
_Bom dia, ouvi dizer que um cachorro preto de cara amarela que costuma ficar aqui por perto é cuidado por vocês, é verdade?
Uma garota, toda na defensiva, se apressou em dizer:
_Não, o cachorro fica aí, mas não é responsabilidade nossa, não...
Quando me aproximei mais do balcão dentro da banca, levei um susto: deitado confortavelmente num cobertorzinho estava o dito cujo.
_É esse cachorro mesmo que mordeu!!
_ Mas o Bolinha é tão mansinho, não faz nada...
_Mas eu vinha vindo de bicicleta e ele me mordeu.
_É que ele não gosta muito de bicicletas e motos...

Então ela começou a procurar numa gaveta e encontrou a carteirinha de vacinação para me mostrar. Lá na carteira dizia que um tal de Bolinha havia sido vacinado.... Menos mal.

Quando ele se levantou, notei que era bem grandinho. Mas até que tem uma cara simpática, o lazarento.

Agora, pior que a mordida, foi a garota dizer que o cachorro não é de responsabilidade deles. Bonito...

Comida, cobertorzinho, vacina...Pela lei do concubinato, o Bolinha tem direito a 50% da herança...