quinta-feira, janeiro 08, 2009

84ª Corrida de São Silvestre - Impressões

Só para constar, minha posição na prova foi 10.829 em 01h:42m.
De fato, daria para ter feito um pouco menos... mas eu estava mais preocupado em conseguir terminar a prova correndo, o que felizmente aconteceu. Quem sabe na próxima, não dê para fazer em menos de 1:30h? Se tiver um grupo de corrida, então... aí, vixe! Não vai ter para os quenianos.

Alguns petiscos:

- Sim, havia muitos lókis correndo fantasiados. Mas muitos deles, eram excelentes corredores.
- Alguns corredores metidos (homens e mulheres) pareciam ter se preparado em Beverly Hills, correndo com roupinhas fashion, cinto com sachês de carboidrato em gel, óculos escuros e etc. Outros, pareciam ter saído direto do sertão nordestino.
- Vi uma tiazinha de uns 50 anos, correndo descalça. Ela usava uma coroa de flores na cabeça e estava a procura do seu "Adão".
- O Pão de Açúcar tinha um grupo de umas cem pessoas correndo. Eram os mais animados, cantavam o tempo todo.
- Na largada, eu estava espremido junto com o Barack Obama. O cara usava uma peruca de latex, paletó, gravata e bermuda da bandeira dos Estados Unidos, além de maquiagem para escrurecer o rosto...
- Na minha frente, num determinado ponto da corrida havia um cara com o seguintes dizeres nas costas: "Vai na fé."

Então eu fui.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Corra como o vento, Alex-J!

Alex-J, o mais dedicado discípulo de Forrest Gump que já conheci, escreveu seu nome nas páginas da história e ocupou seu lugar no Olimpo dos grandes feitos ao lado de Sir Edmund Hillary, Neil Armstrong e Ashton, o Homem Sem Medo.

Alex-J realizou o sonho compartilhado por muitos de correr a tradicional São Silvestre e saibam que realizar um sonho não é pouca coisa, não. Ainda mais nos dias de hoje em que a vida é tão corrida e não temos tempo prá nada... ainda mais quando se é pai de família com todas as responsabilidades que isso impõe.

Eu conheço o Alex-J há 20 anos e creio que pelo menos há 10 dividia esse desejo com ele. Um dia, quem sabe, talvez também consiga realizá-lo.

Por isso mesmo é que escrevo essas linhas com tanto orgulho, já que sei (e agora nossos amigos que acompanharam uma parte da saga da preparação aqui pelo blog também sabem) quanto esforço e dedicação são necessários numa empreitada dessas. Fundamental também é o suporte das pessoas próximas, especialmente da família. Eu vou me dar um crédito aqui porque também dei minha parcela de apoio tentando não fazer muita chantagem emocional na hora de abdicar da sua companhia no almoço, quase sempre tomado pelos treinos.

Ainda temos alguns sonhos em comum prá correr atrás. Agora, mais que nunca, com a certeza de que, se houver atitude e dedicação (and a little help from my friends), a coisa rola.

Mais uma vez, valeu pela inspiração, mano Alex-J!

84ª Corrida de São Silvestre - Agradecimentos

Obrigado Cris, Pedro e Gabriel, não só pelo incentivo, mas pela compreensão de minha ausência nos dias de treino.
Obrigado à Dona Ivone, meus pais e irmãos pela torcida.
Obrigado R3x, Seu Malta (o comentador mais assíduo!), Lãgs (por sempre acreditar), Emerson, Fernanda E., André Vilela (pelas dicas), Carlos (pelas provocações), Ale Freitas, Antonio, Fábio, Isaac, Julliana e Thaciana (por tentarem me achar no meio da multidão), Wanderley P. e Marcão Paioni (pelo programa de treinamento). Também agradeço aos Quero-queros que me ensinaram a sempre correr "esperto" e pronto para um "sprint".

E claro, agradeço aos céus, pela oportunidade de realizar um sonho.

Como disse em um comentário, a possibilidade de compartilhar todas essas experiências com vocês é que viabilizou que tudo ocorresse de forma tão bacana.

Muitíssimo obrigado mesmo.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

84ª Corrida de São Silvestre - Eu fui!

MUITO BOM! Foi mais ou menos assim:

Primeiro, pregar o número na camiseta:











Depois, colocar o chip no tênis:













Tinha muuuuita gente. Foi uma emoção muito grande quando deu a largada.










Consegui concluir a prova toda correndo e no final, a medalha.













Mas depois, veio a maior recompensa:












a

terça-feira, dezembro 30, 2008

Diário de um Atleta Pé de Chinelo 1

Falta 1 dia. Que alegria, dona Maria! Que emoção, seu João! É amanhã! Tomorrow! Mañana! Morgen! Ashita!
Sábado passado, fui buscar meu kit contendo: número de peito (6054), chip, camiseta, manual do atleta, amostra grátis do café Três Corações e o mais emblemático de todos os itens: desodorante Garnier Bi-o. Porque afinal de contas, ao término da corrida serão vinte mil pessoas levemente suadas... haja Garnier Bi-o...
Bom, quem for acompanhar na TV, estarei de camiseta azul celeste. Como é a camiseta do kit, muuuuita gente vai estar com ela, então acho que vai ser um pouco difícil me localizar... mas eu prometo abanar a mão sempre que vir a câmera da Globo. É claro que quando o Kleber Machado disser: "Mas quem é aquele corredor que veio lá do fundão e está deixando os quenianos para trás?" vai ficar fácil de me ver... provavelmente na garupa daquelas Harley Davidson da PM, aquelas que fazem a escolta da corrida.

Bom, o que dava para ser feito, eu fiz e na maior parte do tempo, foi muito prazeiroso. Até aqui, já valeu. Assim que possível, eu escrevo contando como foi. Run!

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Diário de um Atleta Pé de Chinelo 5

Faltam 5 dias. Nesta semana, não consegui fazer um único treino... dormi pouco e comi muito, ou seja, não é o que "as melhores práticas do running" recomendam... Totalmente não-conformidade. Mas acho que tem tempo ainda... huahuahuaha!
Quando corri na rua semana passada, num determinado ponto havia umas pombas no chão, que revoaram quando passei. Isso me fez lembrar de uns 20 anos atrás, quando eu saia de casa, atrasado para trabalhar e literalmente saia correndo. Na rua por onde eu passava, havia uma senhora amiga da minha mãe que numa ocasião em que se encontraram, disse: "Eu sempre vejo seu filho passando correndo em frente de casa. Quando ele passa, não fica uma pomba no chão..." Nunca entendi se aquilo foi uma reclamação... Run!

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Diário de um Atleta Pé de Chinelo 9

Faltam 9 dias. Ou seja, menos de dez...ai, que frio na barriga! Ontem fiz novamente a lendária travessia Mooca-Santana e o resultado foi bem satisfatório, fiz o percurso todo correndo e baixei o tempo em uns 15 minutos. Correr na rua é muito legal, como eu já disse em outros posts, a visão que a gente tem das coisas é totalmente diferente. Durante a travessia aconteceu uma situação engraçada: estava eu, mandando ver na corrida perdido nos pensamentos quando uma mulher me aborda: "Por favor, dá licença, sabe onde fica o WalMart?" Mesmo achando muito inconveniente da parte dela, me parar, não tive a manha de dar as costas e ir embora. Então, fiquei fazendo aquela corridinha-parada-ridícula, enquanto explicava onde era. Ainda bem que era na mesma avenida... e que estes são tempos natalinos... Run!

quinta-feira, dezembro 18, 2008


Diário de um Atleta Pé de Chinelo 13

Faltam 13 dias. Como vocês podem ver, este é o local privilegiado onde faço os treinos. É verdade que a pista está precisando ganhar piso novo, porque em vários trechos não há mais borracha, mas o verde em volta compensa com folga. No horário em que treino, normalmente está muito quente, não fosse isto, seria ainda mais prazeiroso. De fato, tenho muita sorte em correr aqui.
Acredito que a gente tem uma tendência natural para reclamar, mais do que para contemplar as coisas boas da vida. E em se tratando de trabalho então... Bom, eu só acho importante ficar atento a esse tipo de coisa.
Mas e o running? Vai indo bem obrigado. Continuo treinando menos do que seria necessário, uns 25k por semana, porém, tenho feito corridas de 8k relativamente tranquilo. Ou seja, a primeira metade da prova já está garantida...
Estou planejando mais uma travessia Mooca-Santana para este fim de semana, vamos ver se dá... porque vocês sabem: final de ano é sempre uma correria... (ô, trocadilho besta!)... Run!
Ps: Com uma lupa dá para ver, do lado direito, um pontinho branco ali no gramado, é um dos famigerados quero-queros... Na foto, eles parecem pequenos, mas não se deixem enganar, são como avestruzes que vooam... e atacam. Aves terríveis, esses quero-queros...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Diário de um Atleta Pé de Chinelo 19

Faltam 19 dias, mas o número é 6054. Mas 6054 o quê? Horas que faltam? Número de passos da corrida? Vezes que eu já pensei em desistir? Não, 6054 é o número que estamparei ao peito no próximo dia 31. Recebi por e-mail, agora só falta passar lá para pegar o kit: número, camiseta e chip (que marca tempo e posição).
Menos de 20 dias... Cassildis!! ... Run!

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Ashton, o Homem Sem Medo - Deus do Voleibol

Ashton, o lendário Homem Sem Medo, caminhava em peregrinação pelo majestoso Deserto do Atacama em busca de auto-conhecimento e também da lendária Cidade dos Deuses, que teria desaparecido sob uma monumental tempestade de areia há cerca de 3000 anos. Por dias e noites, guiado apenas pelas estrelas e por seus instintos, Ashton caminhou e caminhou por milhares de quilômetros.

Eis que de repente, ao longe, Ashton visualiza o que parecem ser figuras em movimento.

É comum o deserto pregar essas peças, pensa ele, mas à medida em que avançava, aquilo que parecia tratar-se de uma miragem ia ganhando formas, cores e sons cada vez mais nítidos.

Até que a cena se tornou inconfundível: era uma quadra em pleno deserto, onde algumas pessoas jogavam vôlei. Uma enorme platéia assistia, em silêncio, à partida.

Não vão pensando que a quadra era de areia só porque ficava no meio do deserto. Na verdade, o piso era de taraflex, havia antenas na rede, suportes forrados com espuma para evitar choques e, apesar do local ser aberto e estar à luz do dia, uma grande estrutura de iluminação, com postes altos e dezenas de lâmpadas brancas que emitiam um brilho fortíssimo.

Ashton logo percebeu que havia homens e mulheres em quadra e que um dos times tinha apenas 5 pessoas, enquanto o outro tinha 6. Assim que adentrou propriamente a cena, o jogo foi interrompido, um silêncio se instaurou e todos os olhares se voltaram para ele. Ashton levantou o olhar levemente sob a aba de seu chapéu, deu uma panorâmica em toda a volta. As arquibancadas agora pareciam muito maior que antes.

Foi então que uma das jogadoras, uma loira belíssima de postura altiva, gritou em sua direção:
- Finalmente o lendário Homem Sem Medo!... Estávamos à sua espera. Entre e ocupe o seu lugar!, disse apontando para o outro time.

A mulher de aparência jovem e longos cabelos presos num rabo-de-cavalo tinha um número 4 gravado em dourado em seu uniforme e era na verdade Rosiz, a deusa aymara do voleibol.

Um outro jogador, no entanto, gritou em protesto:
- Ele não pode adentrar à quadra sagrada! Olhem, ele sequer usa calçados adequados!

O público emitiu um oooh!!! contido...

Ashton fitou o homem de cabelos negros, mas nada disse. Ele peregrinava pelo deserto já havia vários meses e suas botas realmente estavam em péssimo estado. Embora não fossem propriamente velhas, estavam totalmente cobertas pela areia avermelhada. A sola havia descolado em alguns pontos e as palmilhas tentavam saltar para fora, aparentando línguas que se arrastavam pelo chão.

Num flashback, Ashton se lembrou de sua infância pobre, quando jogava com laranjas, descalço, pelas ruas de Trinidad. Desde aquele tempo, ele sofria discriminação dos outros meninos, que não o deixavam jogar com eles.

De volta ao presente, Ashton, o Homem Sem Medo, novamente não se intimidou. Puxou as línguas das botas para fora e as colocou em um canto, junto com sua mochila, seu cajado e seu chapéu. Caminhou em direção à quadra, mas apalpou o bolso da calça e retornou para deixar também seu celular da Oi.

Tornou a caminhar para a quadra em passos firmes, fitando os olhos de Rosiz. Assumiu o lugar na quadra e emitiu suas primeiras palavras em meses:
- Let's play! - a voz saiu um tanto grave pela falta de uso.

O juiz imediatamente soprou seu apito e o burburinho do público se intensificou.

Rosiz segurava a bola na posição de saque, deu alguns passos para trás e bateu algumas vezes a bola contra o chão. E então a arremessou ao alto, deu dois passos e projetou seu corpo esguio no espaço como se estivesse no vácuo e sem gravidade. Golpeou a bola violentamente, que atravessou a quadra e explodiu forte nos braços de Ashton, indo para fora.

O público foi ao delírio, gritando e aplaudindo efusivamente. Ashton percebeu que a pancada deixara uma grande marca vermelha em seus braços, mas ainda assim, não se intimidou. Bateu levemente em suas vestes para retirar o excesso da poeira avermelhada acumulada pela viagem e novamente se colocou em posição de recepção.

Um novo saque partiu violento, mas Ashton o recebeu com perfeição, mandando a bola nas mãos do levantador. A bola é então alçada ao alto para Ashton, que parte em velocidade e salta em direção à rede. Ele golpeia a bola com força, cravando-a na quadra adversária, poucos centímetros à frente de Rosiz. Seus olhares novamente se cruzam crispando uma antipatia mútua.

O jogo segue em altíssimo nível, Ashton enfrentava seus adversários sem nenhum temor, atacando, defendendo, bloqueando e passando com perfeição. Rosiz e sua irmã Roselva, no time adversário, também viravam todas as bolas fosse da rede, do fundo, pela entrada ou pela saída...

O calor intenso da região mais árida do mundo castigava e desidratava seu corpo, mas Ashton permanecia firme, como se sentisse que tinha uma missão a cumprir e que todo o futuro do voleibol dependia daquele jogo.

Ashton logo percebeu também que nenhum de seus companheiros de equipe possuía um nível técnico razoável, enquanto que, do outro lado, todos jogavam de maneira homogênea e muito eficiente em todos os fundamentos. Isso tornou a odisséia de Ashton ainda mais árdua, mas isso serviu também para fortalecer seu espírito.

O jogo seguiu duro, porém muito equilibrado, até o tie break. Rosiz não acreditava no que via. Jamais havia perdido uma partida antes, jamais havia sequer chegado a um tie break, afinal ela era a deusa do voleibol.

Desde que ouviu a lenda de Ashton pela primeira vez, sabia que precisava desafiá-lo. Afinal, seus seguidores também ouviram falar da lenda e começaram a se perguntar sobre quem seria de fato a maior entidade do voleibol a caminhar sobre a Terra.

O tie break foi disputado ponto a ponto até chegar a 14 a 14. Ashton foi para o saque e lançou uma bola tática, sem peso, bem próxima à rede, tentando surpreender os receptores que se postavam mais ao fundo. Roselva, no entanto, deu um mergulho e passou a bola na pinta para o levantador, que saltou para encurtar a distância da bola. Rosiz partiu rápido junto com a bola e saltou antes mesmo da bola chegar às mãos do levantador. O rapaz então tocou com rapidez, encaixando a bola perfeitamente na trajetória do braço de Rosiz que já girava em incrível potência pelo ar. Rosiz cortou; a bola acertou Ashton no ombro direito com tamanha fúria que o derrubou para trás e a bola se perdeu no nível mais alto da arquibancada.

A torcida, tensa, explodiu em vibração. 15 a 14. Faltava apenas mais um ponto para Rosiz sagrar-se definitivamente como a incontestável deusa do voleibol.

Rudy, o jogador de cabelos negros que havia reclamado dos sapatos de Ashton, foi ao saque. Ele saltou e sacou forte na direção de Kusco, o jogador mais fraco da equipe. Kusco recebeu mal e a bola espirrou para trás. Asimo foi buscar, mas, apavorado, deu um passe mal-feito, quase lançando a bola direto ao chão. Ashton mergulhou e, com a ponta dos dedos, conseguiu evitar a queda da bola lançando-a sobre a rede em direção à quadra oposta. Tamanho foi o assombro pelo salto espetacular de Ashton, que Roselva e Bruni, num momento de indefinição, deixaram que a bola caísse entre os dois. 15 a 15. Rosiz ralhou violentamente com os dois.

Ashton foi ao saque. Ele partiu rápido como o vento que corta o deserto e voou por sobre a linha atingindo a bola numa altura espetacular. A bola cruzou lisa pela quadra e raspou a linha adversária. Ace.

Ashton foi novamente ao saque. O derradeiro ponto poderia novamente sair de suas mãos. Ashton, então parou e olhou para a arquibancada ao seu redor. Sentia que a torcida estivera o tempo todo ao lado de Rosiz, porém sentiu medo em suas faces. Muitos vibravam vendo suas incríveis jogadas, mas se continham. Rosiz provalmente obrigava que a adorassem. Ele então repousou a bola ao chão com delicadeza e começou a bater palmas, ditando um ritmo. Timidamente, a torcida começou a acompanhá-lo.

O juiz apitou com força, obrigando-o a sacar. Ashton pegou a bola, mas a torcida continuou a marcar o ritmo cada vez mais forte. Um trovão ecoou no céu. O público estremeceu de pavor, pois não ocorrem trovoadas no deserto, mas sentiu que deveria continuar no ritmo.

Ashton lançou a bola ao ar, correu e decolou. O movimento perfeito da alavanca corporal golpeou a bola com a força de 10.000 catapultas. A bola voou como um projétil, tão rápida que quase sumiu no ar, e atingiu o rosto de Rosiz sem chance de defesa. A bola subiu tão alto que sumiu de vista. E um novo trovão ecoou no exato momento em que todos olhavam para cima procurando a bola, que não desceu.

Fim de jogo, mas a torcida ainda prendia a respiração. E o milagre finalmente aconteceu. Gotas de chuva começaram a cair de um céu sem nuvens no deserto mais seco do mundo.

Ashton abriu os braços e deixou que a chuva banhasse seu corpo, abençoasse sua alma e refrescasse seu espírito. O público, em êxtase, invadiu a quadra para aclamá-lo.

Um novo estrondo se ouviu, mas dessa vez não era um trovão. A chuva que agora caía torrencialmente fez deslizar uma grande duna ao norte revelando as ruínas da Cidade dos Deuses, cujo símbolo era uma grande árvore. A lenda rezava que a Cidade dos Deuses guardava o segredo do Voleibol Perfeito, mas Ashton finalmente descobriu que esse segredo estivera guardado o tempo todo dentro de si. Agora ele o descobrira, tal qual a duna que descobriu a cidade.

Enquanto ainda contemplava a beleza das ruínas, ouviu uma doce voz.
- Você me venceu de maneira justa. Você é o verdadeiro deus do voleibol.

Era Rosiz, que se prostrava humilde diante do Homem Sem Medo. Ashton levantou-a pelos braços e fitou seus olhos. Não sentia mais a inimizade de minutos atrás, mas apenas ternura e admiração. E, em tom grave, fez soar sua voz pela segunda vez no dia:
- Yeah, baby...

FIM

terça-feira, dezembro 09, 2008

Problemas Ténicos

Então, gente, como vocês notaram os comentários sumiram... E pelo visto, não vão voltar...
Enquanto a gente (no caso, o R3x) não resolve isso, é possível usar o "Teorize com a gente" ali no cantinho superior esquerdo...
Parece que agora, não vai ter jeito, seremos obrigados a abandonar esse layout de design moderno e arrojado...
abs!

quinta-feira, dezembro 04, 2008


Diário de um Atleta Pé de Chinelo 27


Faltam 27 dias. Ontem corri à noite, na esteira. Foi então que eu descobri.... Para tentar vencer a chatisse da parede, descobri... O PODER DA MÚSICA!! Ué, mas só agora?? Para essa finalidade, sim. Impressionante como ajudou, principalmente as de batidas fortes. Não sou muito fã, mas para correr, tenho a impressão que as eletrônicas funcionam muito bem. Só é preciso ficar atento porque há uma tendência de você acompanhar a passada com o rítmo da música e nem sempre esse rítmo é o adequado. Vale lembrar que música na esteira é beleza, mas na rua é perigoso. Agora só falta eu arranjar "Eye of the tiger" (para me sentir o Rocky Balboa subindo a escadaria) e "Physical" da Olivia Newton-John... Run!

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Diário de um Atleta Pé de Chinelo 30

Faltam 30 dias. Ahhhhhh!!! Ontem fiz a famosa travessia Alto da Mooca/Alto de Santana. 12 km em 1:35m. Esse "altos" dos bairros indicam as subidas e descidas do trajeto. Por coincidência, ficou semelhante à São Silvestre, descidona no começo e subidona no final. Eu estava um pouco receoso do que aconteceria, mas deu tudo certo. Apenas na subidona da chegada, é que precisei caminhar um pouco.
Depois que passou de uma hora de corrida, parecia que meu corpo estava falando: "Hei, que é isso? Tá louco? Até aqui você nunca me trouxe." e eu respondia: "guenta aí, que falta pouco." e ele: "tá, me engana que eu gosto..." Mas conseguimos. O melhor, foi quando estava já estava no último quilômetro ouço um berro: "Aê, Pai!!!" Era o Pedro chegando de carro. Muito bom.
Antes eu era o Fox Molder do Arquivo X: "I want to believe." Agora eu sou o Burro cantando no final do Shrek: I BELIEVE! I BELIEVE! I believe, I believe,I believe, I believe...run!