sexta-feira, setembro 28, 2001

Outros códigos sonoros - jeito de falar
O que vcs acham do diálogo abaixo,
_...então fica combinado assim?
_ Fechado, as oito meia eu te encontro lá.
_Então beleza. Um abraço!

Segundo meu código sonoro pessoal, capítulo Comunicação Humana, essa conversa deveria ter sido travada por telefone, rádio amador, icq, sinais de fumaça, pombo correio, coruja correio, menos, pessoalmente. Por que? Porque o cara está mandando um abraço para outro, entende? Se ele está enviando um abraço, na minha opinião, é porque no momento ele não pode dar um, não é mesmo? Pois é, mas ultimamente tenho notado muitas conversas pessoais que terminam dessa forma (dito principalmente por mulheres): “Então tchau, um beijo” ou “Bejinho, tchau.” Já os homens mandam abraços mesmo. Não é esquisito?

Ps: na verdade, não sei se é mais esquisito mandar um abraço ou beijo numa despedida tete-a-tete, ou escrever sobre isso.

quinta-feira, setembro 27, 2001

Uma sacanagem na cabeça e um Photoshop na mão
Foto “real” de um turista no WTC segundos antes do acidente

My Heart Will Go On
Já dizia o Sérgio Boneca: "a vida não tá fácil, não... mas deixa que eu seguro essa bronca..."
Em homenagem à Lady, aí vão 10 músicas para períodos problemáticos da vida:
1 - "In every life we have some trouble, when you worry you make it double" Don´t Worry Be Happy - Bobby McFerrin
2 - "Nada do que foi será do jeito que já foi um dia..." Como uma Onda - Lulu Santos
3 - "When I´m down and feeling blue, I close my eyes and I can be with you..." On My Own - Nikka Costa
4 - "When I find myself in times of trouble, Mother Mary comes to me..." Let It Be - Beatles
5 - "Você parece preocupado, anda meio angustiado, esqueça tudo isso e venha relaxar..." Eh! Oh! - Dr. Silvana & Cia.
6 - "When peace is all you seek, I will be there, wooo, to bring you sleep..." Bridge Over Troubled Water - Paul Simon & Art Garfunkel
7 - "I see trees of green, red roses too..." What a Wonderful World - Louis Armstrong
8 - "Já é tempo de esquecer todas as amarguras, vem provar comigo um pouco de alegria..." Vem Dançar Mambolê - Trio Los Angeles
9 - "When you´re down and troubled and you need a helping hand..." You´ve Got a Friend - James Taylor
10 - "Perdi o meu emprego que já era mixaria e ontem fui assaltado em plena luz do dia..." Tic Tic Nervoso - Magazine

quarta-feira, setembro 26, 2001

I'm sorry

Meninos.... Gostaria de pedir desculpas por meu sumiço. Estou com milhares de problemas. Mais ainda os leio. Em breve volto. Um beijo à todos!

Ei, o que acham de nos encontrarmos algum dia??

Beijo

Código Sonoro II
Acho que existem vários códigos sonoros também no nosso cotidiano e não apenas no comércio informal. Por exemplo: no trânsito, a intensidade (ou tempo de execução) e a quantidade de buzinadas diz tudo: 1 toque rápido = alerta; 2 toques rápidos = vc está cumprimentando um conhecido ou agradecendo aquele cara* que deu uma brecha para vc passar ; 1 toque longo = vc levou uma fechada (as vezes, essa modalidade vem acompanhada de um palavrão). Na época em que a seleção brasileira de futebol ganhava alguma coisa as pessoas buzinavam assim: tá tá tátátá – tá tá tátátá.
Agora, se vc escutar o seguinte som de buzina: “Sai da frente” todo distorcido, pode sair da frente mesmo por que lá vem um mano com uma perua de lotação clandestina, com o adesivo ATECUBANOS colado no parabrisa.
*Quando disse “cara”, não foi por generalismo. As mulheres podem até serem mais cuidadosas e causarem menos acidentes de trânsito, agora, é fato que a esmagadora maioria simplesmente não dá passagem (e nem seta).

terça-feira, setembro 25, 2001

Código Sonoro
Já repararam que o mundo do comércio informal também tem seu código de ética no que se refere à forma de divulgação dos produtos?
Por exemplo: se o cara for vender bijú na rua, é imperativo que ele tenha aquele "plec-plec". Se for amolar facas, tem que ter aquele apito cromático para subir e descer na escala. Quando o som é de buzina, geralmente é o cara do algodão doce, mas também pode ser o do sorvete. Essa é uma questão que ainda não está muito bem resolvida.
Se for vender pamonha, é bom descolar aquela gravação da "Pamonha de Piracicaba", caso contrário pode não dar a credibilidade suficiente ao seu produto. Se possível, não use caixas acústicas, prefira aquelas cornetas prá dar aquele som de nariz entupido. Também não use um modelo de carro posterior a 1980. Não combinaria.
Quem evoluiu nessa história foram os caras do gás. Antigamente, eles não dispunham de "Pour Elise" para identificar o negócio, tinha que ser na buzina do caminhão e na voz do entregador: "ó u gáiz!".

segunda-feira, setembro 24, 2001

Forró Pré-Universitário
Sexta-feira à noite, depois de uma prova, demos uma passada no bote perto da facul. O lugar era apertado e estava crowded. Tinha uma banda de forró "universitário", mas os músicos pareciam ser tão jovens que acho que nem tinham idade o suficiente para estarem na faculdade, prá mim era forró colegial ou pré-universitário. O que não denegria de forma alguma o som que eles faziam, muito pelo contrário. O vigor e a empolgação da rapaziada era, no mínimo, gratificante. Garotada se divertindo tocando acordeon, triângulo e zabumba. E o vocal/violão, que parecia ser o líder, era um japa e mandava muito bem.

Luvinhas Nojentas
Vocês já repararam que algumas lanchonetes ou restaurantes preocupados com “rígidos padrões de higiene” adotam o uso de luvas descartáveis para seus atendentes? Nestas ocasiões eu procuro não pensar na periodicidade com que estas luvas são trocadas. Uma por dia? Por semana? Uma por funcionário até o fim da vida? Não sei, mas que eu já vi cada luvinha nojenta, isto já. Será que os donos destes estabelecimentos realmente pensam que nos enganam? Parece que eles acham que os fregueses são assim:
- Vamos almoçar no Joe’s?
- Por que? A comida lá é boa?
- Não, mas eles usam luvas descartáveis.
- Ah, então tá bom.

Healing the pain II
Muitos produtos nesta área têm sido revistos ao longo do tempo. O famoso Hipoglos, usado por bebês e marmanjos em geral, foi retirado das farmácias por conter um componente suspeito (mas vai retornar em breve). Há poucos meses, outro produto “clássico” também foi sacado das prateleiras: o Biotônico Fontoura. É que só agora perceberam que o inocente xaropinho tinha um teor alcoólico muito acima do aceitável. Mas a fórmula já foi alterada e ele está de volta ao mercado. Agora... e aquelas crianças que possam ter se tornado alcoólatras por conta disto, como é que ficam? Ah, não ficam? Ah, a gente tá no Brasil? Ah, tá...
Ps: ainda bem que nada foi provado contra a Pomada Minâncora e a Emulsão Scott.

Healing the pain
Há um tempinho atrás, o governo proibiu o uso de medicamentos como os bons e velhos "Mercúrio Cromo" e "Merthiolate" por constatarem que trazia prejuízos à saúde. Mas só agora? E como é que ficam todas aquelas vezes em que eu manchei meu joelho ralado com aquele vermelhão meio esverdeado do Mercúrio Cromo? E todas aquelas vezes em que usei Merthiolate e tinha que arrumar outra pessoa só prá assoprar?... Porque o negócio arde mesmo, isso é fato.
Apesar disso, sempre considerei esses dois produtos itens básicos prá qualquer kit de pronto-socorros. E agora, em caso de pequenos cortes ou machucados, a gente usa o quê?

Slowhand & the Slowheads
Ontem, demos aquela passada básica no Carrefour e eu aproveitei prá dar uma olhada nos cd´s. Mas só nos preços, comprar que é bom, nada.
Já desde o natal passado que algumas lojas têm a cara-de-pau de cobrarem seus cd´s nacionais (não necessariamente lançamentos) na faixa dos R$ 30,00. É assim que se quer combater a pirataria no Brasil? Mas o disco "Reptile" de 14 músicas do sr. Clapton custava a bagatela de R$ 43,00!! Alguém é capaz de me dizer o que justifica isso?
Tinha lido uma entrevista do sr. Clapton numa revista em que ele expressava de maneira muito polida que ele, assim como os caras do Metallica, era contra o Napster. Seu argumento era de que ninguém entra numa loja de cd´s e leva o que quer de graça. Confesso que num primeiro momento, fui obrigado a concordar com ele. Mas agora, pensando melhor, acho que o sr. Clapton e outros megastars do showbizz perderam a noção. A maioria desses caras pode se dar ao luxo de cobrar cachês milionários por shows no mundo todo, já venderam milhões de cd´s e, com toda certeza, têm muito mais dinheiro do que eles e seus filhos terão capacidade de gastar durante a vida toda. Será que é realmente motivo de preocupação pro sr. Clapton o fato de suas músicas estarem disponíveis na internet de graça ao mesmo tempo em que seus cd´s custam o dobro nas lojas prá quem estiver disposto a pagar?
Fora tudo isso, ainda tem a questão do seu show no Brasil... Preços abusivos, taxas absurdas de "conveniência", não aceitam carteira de estudante (isso não é lei?) e ainda por cima, o show é no Pacaembu... e eu sou um dos que se sujeitaram a isso... I am a slowhead!

sexta-feira, setembro 21, 2001

As 150 menos para o momento III
Nessa lista não entrou "Like a Cannon Ball" do Menudo. Por que essa discriminação?

quarta-feira, setembro 19, 2001

Conduzindo Miss Daisy
As perguntinhas anteriores foram um fracasso total de feedback. Queridos colaboradores, atentem para este novo questionamento proposto por Alex-J.

As 150 menos para o momento II
Para mim, o insano desta lista não é o veto às músicas que falam de violência, mas às músicas que falam de paz. Estão vetadas músicas do John Lenon, do Cat Stevens - "Peace Train," do Louis Armstrong - "What A Wonderful World". Qual será a a real intenção? Não despertar sentimentos pacifistas, deixando as pessoas em espírito de luta? Ou será apenas uma questão de respeito, uma vez que morreu um monte de gente, há pessoas feridas, desaparecidas, enfim, a situação está um caos, então não tem nada a ver falar de paz. Qual será a verdadeira intenção?


As 150 menos para o momento
E o Clear Channel, uma das maiores empresas de rádio dos EUA, lançou uma lista com 150 músicas não-recomendadas para se tocar pelo menos nessa fase tensa pós-atentado. São músicas que falam de violência, aviões, morte etc...

As 500 mais
A Kiss FM disponibilizou em seu site uma listinha com as 500 mais do rock. Ainda não vi tudo que tem lá, mas já a princípio me parece bem mais razoável do que aquela ridícula lista da Rolling Stone dos 100 maiores clássicos de todos os tempos publicada tempos atrás.

Low Battery
Esta semana esqueci o celular no carro e ele ficou lá durante dois dias seguidos. Até aí tudo bem porque eu não uso muito o celular e praticamente nem senti falta. O problema foi quando eu fui pegar o carro e descobri que também tinha esquecido o rádio ligado por dois dias seguidos... Resultado: a bateria não deu nem pro cheiro, quer dizer, prá ligar o carro. Resolvi chamar o socorro do seguro, mas, é claro, a bateria do celular também tinha arriado.

terça-feira, setembro 18, 2001

Dois Brasileiros em Apuros nos USA
Talvez a maoria já tenha ouvido falar sobre o brasileiro Hermes Barbosa de Lima, que foi espancado nos EUA, por ter sido confundido com um árabe. Segundo relato do próprio, quando viu, já estava apanhando. Sem dúvida, o fato é triste, errado, deplorável, generalista e etc. porém, compreensível (o que é diferente de desculpável).
O outro brasileiro, este sim, está levando o que merece. O piadista Dr. Nelson Tabacow Felmanas (advogado dos Calmón de Sá e do Ricardo Mansur) estava nos EUA e ia pegar um avião para Londres. Ao responder as perguntas habituais no aeroporto, disse a certa altura, quando perguntaram o que ele tinha na mala: “Um revólver”, respondeu o Doutor da Alegria, o Rei da Sacadinha, o Príncipe do Bom Humor, o Sultão da Comédia. Só que o guarda americano, que não devia ter o menor senso de humor, enquadrou o cara, que por conta da piada, ficou dois dias detido e teve que pagar uma fiança de U$1000. Aí sim, é justo. Ou não é?

segunda-feira, setembro 17, 2001

King of Blues III
Falando em "Riding with the King", ouvi ontem na Kiss FM que um cara de uma banda de blues brazuca (não lembro agora se foi o Lancaster), descolou um emprego num festival de blues nos EUA e vejam só: o trampo era ser motorista do Mr. King!
Não foi só o sr. Clapton que teve essa honra...

King of Blues II
Concordo com o Master, tem que ser Mr.King. Mesmo porque no CD do Sr. Clapton "Riding with the King" - que já foi tema de outros posts - ele diz (se o meu inglês capenga não está me enganando): "Don't you know you riding with the King?" É como diria o Tutubarão: "Tem que ter respeito!".
Ps: Algumas vezes sonhei que conversava em inglês com outra pessoa. Aquilo fluia da minha boca como uma cachoeira. Daí, quando acordo, lembro que o meu inglês é tosco; no entanto, fico com aquela sensação de que ele está guardado em algum lugar dentro da minha cabeça. O problema é que eu não sei onde enfiei este arquivo speakenglish.exe...

É Trágico mas também é Ridículo II
Saiu no Folha Online de hoje um texto com uma boa análise do que está rolando. Não trata do "que" aconteceu, mas "por quê" aconteceu e como os EUA estão longe de ser "O Bem".texto

A Teoria do Coreano III
A Cris também me contou um causo que aconteceu com ela e que é outra visão interessante dessa teoria. Ela estava na padaria e tinha um tiozinho na frente dela escolhendo alguma coisa entre as guloseimas do balcão. Ele ficou um tempão olhando pros salgados, até que perguntou prá balconista: "Esses salgados são todos de ontem?". Ela respondeu: "Não. São todos de hoje.". Aí o tiozinho titubeou um pouco e depois falou: "Tá bom. Não vou levar.". Sacaram a sutileza? Ele queria salgados de hoje que achava que não tinha. Quando descobriu que tinha, não quis mais.

King of Blues
Há alguns anos atrás, sonhei que estava num camarim com B.B. King. Ele tinha acabado de fazer um show e estávamos conversando muito tranquilamente, pois não tinha mais ninguém no lugar. Só que no sonho eu não conseguia me concentrar no que ele estava falando. Não conseguia parar de pensar em como eu deveria chamá-lo. De "King"? "Blues Boy"? "B.B."?... E essa dúvida constante durante o sonho fez com que eu não me lembrasse de nada do que ele poderia ter me dito. Algum tempo depois, cheguei à conclusão que se um dia me encontrasse com B.B. King, deveria chamá-lo de "Mr. King". Questão de respeito...
Ontem li uma matéria com o sr. Clapton numa revista e ele várias vezes se referia a Mr. King como "B.B.". Tudo bem, ele é o sr. Clapton, já foi tratado como "Deus", então pode chamar um rei apenas de "garoto".

sexta-feira, setembro 14, 2001

Mack Color
Ontem nós estávamos comentando novamente sobre os belos adesivos que enfeitam as peruas de lotação, com menção honrosa especial ao impagável "ATE CUBANOS". E quando eu estava indo para a faculdade, não é que eu tive a felicidade de ver esse adesivo numa versão mais incrementada? "ROMA ATE CUBANOS" estava colado no vidro da frente do kombão.

quinta-feira, setembro 13, 2001

É Trágico, mas também é Ridículo
Sem dúvida, este atentado nos EUA é muito triste. Nada justifica tal atitude, que para variar, acaba atingindo uma inocente maioria (sem falar dos não americanos que estavam por lá, a passeio ou a trabalho). Mas mesmo diante de tanto terror, simplesmente não dá para engolir declarações do tipo: “Eles podem destruir nossos prédios e matar pesoas, mas o espírito da democracia, eles nunca matarão” (Colin Powel) ou “Daremos início a uma monumental guerra entre o Bem e o Mau” (George Bush). Quer dizer, os EUA são o Bem?? Tá bom.

quarta-feira, setembro 12, 2001

A Teoria do Coreano II
Só para tentar ajudar na elucidação de mais esta Teoria, vou contar um causo que aconteceu recentemente. Se vcs repararem bem, vão perceber que isso acontece com muita frequência.
No restaurante, no balcão das sobremesas, uma mulher tentava escolher um daqueles tentadores doces. Ao mesmo tempo em que ela já ia botando a mão num pedaço de bolo de chocolate, perguntou ao maitre: "Não tem torta de morango, né? Que pena...". E ela já ia levando o bolo quando o maitre falou: "Espera um pouquinho..." e abaixou-se para procurar no refrigerador. Ele encontrou um pedaço de torta de morango e num sorriso, falou: "Ainda tinha um... que sorte, hein?". Vcs pensam que a mulher pegou a torta de morango e saiu toda feliz para devorá-la? Não. A partir do momento que ela soube que tinha torta de morango, ficou numa dúvida danada se ainda queria isso ou se preferia chocolate. Ficou segurando um doce em cada mão e decidindo. No fim, ficou com chocolate, mesmo.
Novamente as palavras do tiozinho coreano ficaram ecoando em minha cabeça... e assim é até hoje.

A Teoria do Coreano (ou A Maldição do Coreano)
Tempos atrás, estávamos fazendo a tradicional caminhada pós-almoço aqui em Down Town, quando me deparei com uma máscara em latex do Yoda (o mestre do Luke no Star Wars) em uma loja de alguma das inúmeras galerias aqui do Centro. Eu gosto de Star Wars, o R3x também, mas o interesse na máscara era em presentear um amigo nosso, o Winny, que é realmente um grande fã da série. Essa máscara estava exposta na vitrine e sempre que passávamos por lá eu a via e pensava: “Pô, podia comprar essa máscara para o Winny...”.
Um dia, quando olhei, a máscara não estava mais lá, então resolvi entrar para perguntar:
- Há um tempo atrás havia uma máscara do Yoda aqui na vitrine – disse eu.
- Máscara de quem? Respondeu um senhor coreano com forte sotaque.
- Do Yoda, um ET esverdeado, careca e orelhudo.
- Hum...Deixa procurar.
Nessa altura, tinha certeza que não encontraria mais a bendita. Já estava com aquela sensação de ter perdido alguma coisa muita boa, de ter bobeado. Só que...
-É esta?
Era. Era ela mesmo. Só que vista de perto, tocada e examinada, não era. Não era como eu imaginava. A distância e pela vitrine, era bem mais legal.
-Quanto custa? Perguntei.
-Dez dinheiros – ele disse
Então, vendo minha feição pensativa. Sacando que eu não iria comprar, ele destilou sua teoria (ou maldição):
-Brasileiro é assim: quando não tem, quer comprar e quando tem, não quer.
Levemente ofendido com o jeito que ele disse aquilo e para contrariar suas palavras, disse eu, friamente:
- Vou levar. Aceita cheque?
Então o coreano conseguiu me vender aquela máscara que provavelmente estava encalhada lá há séculos. Ele foi esperto. Usou a milenar técnica coreana de dizer: “Duvido que você compra.” ou: “Você não é homem de comprar essa máscara.”
Só que não ficou por aí. Desde então, carrego esta maldição: uma incrível dificuldade em comprar coisas. Se for sapato ou tênis, esquece, nunca tem meu número para o modelo que eu escolho. Se for gravata, funciona assim: se eu estiver passando despretenciosamente por uma loja e reparar em uma gravata legal, tenho que comprá-la nesse instante, porque se eu voltar para procurar depois, não vou encontrá-la mais. Outro exemplo: durante muito tempo vi em lojas de CDs (na banquinha dos de R$ 5) um só de efeitos sonoros (grito, tiro, brecada, esse tipo de coisa indispensável) e ficava pensando: “Legal, qualquer dia eu compro”. O dia que eu fui até a loja com esse objetivo, adivinha se eu encontrei?
De qualquer forma, o fato é: por mais difícil que seja admitir, o coreano tinha lá sua razão. Enquanto sabemos que algo está lá a nossa disposição, não damos muita bola, mas quando ele desaparece, temos aquela sensação ruim de aquilo era a melhor coisa do mundo e que agora... nunca mais.
Mas fazer o quê, brasileiro é assim mesmo....
Ps: Cuidado, essa mensagem é contagiosa. Se coisas deste tipo começarem a acontecer com vc, pode xingar o tiozinho coreano.

terça-feira, setembro 11, 2001

Piruetas III
Neste momento meu estômago pensa que estou em uma montanha russa. Russa não, palestina. Terroristas batem boeing no World Trade Center, Pentágono, Congresso e não sei mais onde. E agora? O Bush vai apertar o botão??

Piruetas II
Por que diabos se constroem essas montanhas-russas em madeira? Só prá dar mais emoção? Sai mais barato? Não vai ter que reconstruir tudo de novo depois?

segunda-feira, setembro 10, 2001

Feriado II
Parece que ainda é feriado na minha querida faculdade. Hoje, segundona, prá variar saí bem atrasado do trabalho e passei em casa prá pegar o carro. Estava tão tarde que eu resolvi ligar antes de sair. Sabe como é, com a Anhembi-Morumbi nunca se sabe... Mesmo sendo começo de módulo, todo cuidado é pouco. Uma menina identificada como Nicole me atendeu e me disse que "está tendo aula, sim. E o senhor, quem é?". "Sou um aluno dessa turma.", respondi. Eu senti pelo tom de voz que a menina achou um disparate eu estar ligando às 8 horas da noite prá perguntar se estava tendo aula. Saí de casa, fui correndo até lá. Sabe o que aconteceu? Claro, não teve aula coisa nenhuma...
O Alex-J, quando ler este post provavelmente vai achar que eu estou ficando velho e perdendo o jeito, já que nos áureos tempos da FAAP, eu quase nunca errava: era só eu faltar que acontecia alguma coisa e não tinha aula. Na Anhembi é o contrário: faço o maior esforço prá comparecer, mas só tomo balão.
Prá tentar achar uma compensação para os 30 km rodados à toa, a noite estava agradável e a seleção da Kiss FM estava soberba. Uma impagável versão de Proud Mary com Ike & Tina Turner me fez ter uma compulsão de dar umas porradas no volante (minha vontade era de bater a cabeça). Soul da melhor qualidade.

FERIADO

Boa tarde pessoal... De volta à casa!

Bom, nesse post serei extremamente "rasa" =D

Esse feriado foi uma loucura, não? Muito trânsito, muito sol! Espero que tenham aproveitado!

Eu fiquei em casa. Meu carro é o único da família atualmente (o da minha mãe está na oficina), e por motivos financeiros não pudemos viajar para Minas, onde minha família toda mora.

Acabei ficando mais em casa, e curtindo minha família. Engraçado como existem coisas que nos faz muita falta. Aqui em casa, era sagrado ficarmos em volta da mesa, tomando café e contando as loucuras da família. Era nossa forma de manter-nos unidos. Hoje, eu como a representante mais nova da casa, não temos tanta essa oportunidade, ou paciência pra isso. Peguei esse feriado pra avaliar um pouco essa família biruta que eu tanto adoro, e são culpadas 80% de eu ser assim hoje.

Obrigada por tudo. =D

Piruetas
Acabei indo ao Hopi Hari e foi bem legal. A montanha russa de lá é insana. É feita de madeira, o que compromete a confiabilidade, mas é longa, rápida e alta. Definitivamente não existe brinquedo mais legal que montanha russa.

Flores IV
E nesse feriado pensei em ir na feira de flores... Mas não fui!

Flores III
Por coincidência, sábado passado também fui ver flores. Há muito tempo, a Cris (a minha) me cobra para para irmos à Holambra. Então neste sabadão de sol, não teve escapatória: pegamos o nenê (e sua quantidade absurda de bagagem), sogra, cunhadas e sobrinhas e fomos para lá.
Sabe, eu gosto de flores. Gosto de ver, gosto de plantar, de cuidar. Mas não sei porque, não gosto muito de visitar exposições, ou aqueles lugares grandes, que vendem plantas de todos os tipos (até carnívoras! - que por sinal, são bem menos assustadoras que nos desenhos animados). Não sei. Não tenho muita resistência, nem paciência. Dou uma voltinha e pronto, já quero ir embora. Desta vez, como estava em grupo, dificultou ainda mais para o meu lado. Todos são legais (minha sogra é 10), mas o problema é que cada um tem um interesse, quer ver algo diferente, comprar alguma coisa, daí demora ainda mais. Por isso, para tentar ser menos chato e deixar o pessoal mais a vontade, fiquei no carro, o que resolveu um pouco a questão. O problema foi o susto que levei com a quantidade de flores e plantas (ainda tem terra no porta-mala) que eu vi chegar em minha direção dentro de um carrinho.
Depois no domingo quando as flores já estavam devidamente arrumadas, colorindo e alegrando minha casa, fiquei um pouco incomodado comigo mesmo por ter reclamado.
É isso.
Ps: Na volta de Holambra, passamos em Jaguariuna (muito bonita) e Pedreira ("A Cidade da Porcelana"), que é muito legal para comprar uns badulaques para a casa
Ps1: De São Paulo a Holambra, são uns 150 km. Agora... 4 pedágios?? (três para ir e um para voltar) Vai roubar assim, lá longe!
Ps2: Este post só existiu por causa do I e II
Ps3: As flores de plástico não morrem, mas também não têm a menor graça.

sábado, setembro 08, 2001

Take my breast away
Ouvi no rádio outro dia que há dois assuntos muito importantes sendo discutidos na Câmara dos Deputados:
1 - Um projeto de lei para proibir anúncios de soutien.
2 - Um projeto de lei para limitar o uso de termos em inglês em nosso idioma.
É comovente que esses senhores tão ocupados, já que só trabalham de terça a quinta, ainda encontrem tempo para dedicarem seus esforços a temas dessa magnitude. Como diz o meu amigo Bira, "pára o mundo que eu quero descer".

Flores II
A Cris sempre me surpreende na hora de escolher as flores. Em meio a tantas opções, ela selecionou as flores como quem seleciona candidatos a uma vaga de emprego: escolheu aquelas com maior potencial de crescimento.
E na hora de pegar o melhor vasinho de violetas de toda a feira, ela fez um contorcionismo digno das artistas circenses chinesas.

Flores
Ontem fomos à feira de flores em Arujá e mais uma vez confirmou-se para mim o fascínio que as flores exercem nas pessoas.
É difícil, às vezes, desvendar a beleza numa obra de arte, mas com as flores não tem erro: pessoas de todas as idades se encantam sempre. Neste ponto, a natureza ainda tem muito a ensinar...

quinta-feira, setembro 06, 2001

Dúvido alguém postar no feriadão

A gente não quer só dinheiro II
Finalmente alguém teve coragem, teve "audácia pura" para vir aqui em público e responder essas duas perguntinhas que não são só de enfeite, não, viu, galera? E prá provar que também sou macho, aí vão minhas respostas:
Medo: de violência, de cobra, de cair num abismo enquanto estiver dormindo...
Fome: de conhecimento. Atualmente, estou na febre do Connor McLeod, quero ser Odin!! (e, se der, aprender o solo de So Lonely)

A gente não quer só dinheiro
Respondendo a pergunta da semana (que daqui a pouco vai virar pergunta do mês) que desta vez não tem preâmbulos, vai direto ao ponto, é incisiva como um bisturi, direta como um direto do Mike Tyson, objetiva como...ok, ok, chega de enrolação (mas eta perguntinha difícil...).
Bom, tenho fome de muitas coisas:
- fome de bola (de volley);
- fome de pessoas (de estar com amigos, com a família);
- fome de cultura (deixe-me explicar: estou muito longe de ser alguma coisa tipo “intelectual” mas as coisas rotuladas como “culturais” realmente me atraem muito. Por exemplo: frequentar livrarias (mesmo que eu não leia tanto assim) ou ir à Centros Culturais (tipo o da Vergueiro ou o do Banco do Brasil) de ir a algum lugar onde esteja rolando alguma exposição ou performance bem lóki. Enfim, esta “atmosfera cultural” realmente me abre o apetite) e
- fome de barata (não de comer as bichinhas, mas de tudo quanto é doce que eu encontrar pela frente).

E medo? Eu tenho medo de que? De nada, ué. Afinal, eu rio na cara do perigo, “coragem” é meu nome do meio, “audácia pura” é meu lema, “Valente” é o nome do meu cachorro, enfim, a palavra “medo” não consta no me dici... Ei? Quem apagou a luz? Ô acende aí...por favor.... acho que tem mais alguém aqui...ACENDE ESSA LUZ AGORA, SE NÃO EU FAÇO UM ESCÂNDALO!!

É... todo esse psicodrama, aí de cima, foi para dizer que ainda hoje, no alto dos meus 30 anos, as vezes, pinta um medozinho de escuro. Interessante porque para eu dormir bem, o quarto precisa estar completamente escuro. Mas se eu preciso, por exemplo, ir até a cozinha (minha casa é pequena, poderia ir no escuro total sem o menor problema) corro para o interruptor mais próximo. É bem besta eu sei, mas fazer o que? Por mais que eu racionalize, as vezes, na hora “H” ainda acontece.
Ok, mas esse tipo de medo é menos importante. Acho que o meu medo mais básico (e que me consome mais) é em relação ao futuro. Medo de chegar lá e não ter conseguido fazer as coisas quero fazer ou de chegar lá e constatar alguma coisa do tipo: “joguei minha vida fora” e etc. Sei que o futuro a gente constrói a cada dia e que ele será simplesmente consequência deste presente, portanto, sem muito segredo. Mesmo assim, pinta um medo. Quer dizer, medo não, porque como quase escrevi ali em cima, essa palavra não consta no meu dicionário. É como disse o nosso amigo Sílvio (não o Santos, o Pastel): “medo não, apenas um receio”.

Manhã Fria II
Manhã fria, aquele legítimo "chove mas não molha"... e aquela luz especial que dias como este costumam ostentar. Quem chamou minha atenção para "esta luz" da primeira vez foi o R3x, há alguns anos atrás (na verdade, muitos). Estávamos em época de fazer trabalhos de fotografia para a facu. Época de campo e contra-campo, época de "máquina estática com objeto em movimento" ou "fotágrafo despencando com objeto caindo". Época divertida.
Na verdade, época muito boa e que ainda não perdeu nem um pouco do foco ou das cores na minha memória.

Manhã fria
Hoje de manhã, estava passando em frente ao Hotel Gran Corona, aqui no centro, e vi um grupo de gringos saindo para um passeio. Um deles era parecidíssimo com o Matt Damon. Sempre que vejo alguém muito parecido com alguma celebridade, costumo dar uma reparada, pois penso que seria perfeitamente normal que a celebridade tivesse outras características físicas semelhantes a do seu sósia. Neste caso, o Matt Damon de São Paulo usava uma calça bem puxada prá cima (tipo Nerso da Capitinga), com chinelos rider e meias de lã brancas...
Que foi, garotas? Tão achando que só porque é o Matt Damon, o cara não pode sentir frio nos pés?

quarta-feira, setembro 05, 2001

Muy amigo
Tá duro ficar vendo o Brasil tomando olé do Ortega...

terça-feira, setembro 04, 2001

As Instituições Tabajara vem a público esclarecer que
Oi, pessoal blz? Gostaria de comentar os últimos fatos que ocorreram nos bastidores aqui do blog. Os outros escreventes sabem que rolou uma pequena treta entre mim e a Ladyblog (por isso é que ela disse que não vai mais ecrever aqui). E sabe de quem é culpa? A culpa é do Sívio.
Quem por ventura acompanha esse blog deve ter visto uma imagem do Sílvio Santos e o sequestrador, postada pela Ladyblog semana passada. Pois é, eu não curti a imagem, mandei um e-mail para ela dizendo isso, que na minha opinião não tinha muito a ver, que não combinava muito com o resto e se ela poderia pensar na possibilidade de tirar a imagem. Ela tirou. E também disse que não escreve mais aqui. Daí fico eu com essa sensação de bad guy, de Malvádmo e tal. Ou seja, a culpa não é do Sílvio, talvez seja minha mesmo.
Este fato me fez pensar sobre a sinceridade e o relacionamento humano. Uma vez me disseram que eu era um cara sincero e que isso é uma qualidade boa de se cultivar. Talvez, até motivado por isso, ao longo do tempo posso ter magoado algumas pessoas. O que eu questiono é: até que ponto a sinceridade é benéfica? Neste caso, com a Ladyblog, talvez o que eu chamo de sinceridade, outros chamem de intolerância, não sei.
Realmente eu odeio quando não consigo, ao menos vislumbrar, um lampejo de certeza em uma questão, quando não consigo chegar a algum tipo de conclusão sobre certo/errado. Sei que muitas questões (a maioria) não são cartesianas, não são preto-no-branco, são sim, formadas por várias forças de sentido contrário. É a tal da dialética. Mas... e a sinceridade como é que fica mesmo? O que eu deveria fazer neste caso? Ficar calado, e ser mais tolerante? Ou deveria falar, só que de uma outra forma? Quem se arrisca? Aceito sugestões, inclusive (ou principalmente) da Ladyblog.
Como ela já sabe, não é nada pessoal, mesmo porque, por enquanto, só a conheço virtualmente. Como já disse à ela por e-mail: “posta aqui no Teoria”.

Havia muito tempo não me sentia desta forma, incomodado com algum tipo de relacionamento. A sensação não é boa. Espero que possa trazer frutos no tocante ao meu aprendizado aqui na escola da vida.
De qualquer forma, talvez o Che já tenha dado a resposta: Hay que ser sincero pero sin perder la ternura

Chama a segurança
Ei, quem foi que deixou a Lady Laura sair? Pode ir buscar ela de volta!

Over ruled
Permissão para ausência da sra. Lady negada. Favor comparecer o mais rápido possível a este blog.

segunda-feira, setembro 03, 2001

Meninos e meninas.
Infelizmente estarei me ausentando desse blog. O meu continua no ar, caso queiram falar, me emeiem.

Beijinho

Covers
Prá quem gosta de tocar covers, mas tem limitações como eu, algumas músicas parecem inatingíveis devido ao seu alto grau de sofisticação e recursos materiais. É difícil imaginar, por exemplo, alguém tocar fielmente a música True do Spandau Ballet sem um super sax e um bom coral. Prá mim, outro clássico que bate os recordes é Come On Eileen do Dexys Midnight Runners. Além dos tradicionais guitarras, baixo, bateria e teclado, tome metais, violinos, banjo, piano e a voz aguda do Kevin Rowland.

Sing a new song
Ontem, a maior banda de garagem da casa do Giba de todos os tempos "Striptease na Planície" ganhou mais uma canção, uma parceria inédita de Giba, Alemão, Magda e Mônica. A música fala sobre a nossa querida cidade e ainda não foi batizada. Aguardem. Quem sabe um dia não disponibilizamos aqui?