Música, passado e outras nostalgias

Ando numa fase meio não-musical esses tempos, muito mais interessado em filmes e livros do que propriamente em música.
Mas ela está sempre aí, no rádio, na TV, na rua, na boca das pessoas...Ainda bem que o pessoal com quem eu trabalho, citando alguns: o nosso verdadeiro Master R3x, o DJ Leandro Martins e o Daniel e a Magda são caras que gostam (e manjam) do riscado. Graças a isso, sempre posso aprender um pouco mais, ouvir umas velharias (como a insana "Dance a litle bit closer" - melô da "Pulga me coça" que eles rolaram hoje) ouvir as discussões, enfim, ir tomando a sopa assim pelas beradas.

Hoje li uma notícia dizendo que a banda Blitz está comemorando vinte anos de existência. Vinte anos de "Ok, você venceu, batata frita." !! Vinte anos de Ira! ! Vinte anos desde que eu tinha 11 anos... Para o mundo, que eu quero descer na Estação Every Brath you Take!!

Uma vez ouvi um diálogo entre dois caras mais velhos, que virou emblemático para mim. Foi mais ou menos assim:
Estávamos numa loja de discos na Galeria do Rock, centro velho de Sampa:
_Estou procurando uma música de uma banda antiga chamada "Human Binz". O nome da música é "Nobody but me"
_ Ah... eu sei qual é essa música. Infelizmente eu não tenho no momento. Puxa, isso é que era música, né?
_ É verdade. Infelizmente ninguém mais faz músicas tão boas...
_É mesmo, como essa não tem mais.
Na época esse diálogo me deixou muito assustado. Fiquei pensando: será que quando eu tiver essa idade vou ficar com esses choramingos nostálgicos, incapaz de acompanhar (e curtir) as novas tendências e bandas??

continua

Música do passado
Tomado por um profundo sentimento de niilismo pelo futuro da música, confidenciei ao nosso querido master alex-j que às vezes tenho a impressão de que toda música de que necessitarei até o fim dos meus dias já foi criada... Ou seja, só me resta procurá-la no passado e não no futuro... Viagem? Chute? Pode ser, mas acho que não sou só eu... Já há algum tempo estamos sendo bombardeados pela reciclagem musical no mercado fonográfico. Músicas velhas revisitadas, bandas velhas ressuscitadas... como um sinal forte de que a crise de criatividade está atingindo a todos... Além disso, se tomarmos como exemplo a música clássica, fica a mesma pergunta: toda a música clássica necessária para a humanidade já foi inventada? Já que eu nunca ouvi falar da existência de compositores contemporâneos da música erudita produzindo obras expressivas... (a música instrumental para cinema, pode ser considerada música clássica?)
Por outro lado, acho que isso não rola com outras manifestações artísticas industriais como o cinema ou a literatura... ou será que rola?

Apresenta a dor
Só voltando um pouquinho na discussão dos grandes valores televisivos que temos hoje em dia, pude constatar recentemente que os apresentadores de alguns programas estão cada vez mais agressivos com seus convidados, muitas vezes fazendo-os passar por constrangimentos desnecessários. Um ótimo exemplo disso é o sr. Clodovil, que parece mal-humorado todos os dias (o programa dele passa todos os dias?) e chega a dar ralada em alguns entrevistados... Anteontem, ele deu uma bronca em um convidado que foi solicitado a cantar uma música, mas demorou muito prá escolher qual...
Ah, e tem também a grande revelação da tv brasileira, a finíssima Monique Evans, que adora cortar seus entrevistados e ironizar com eles...

Dito e Feito
Confirmando o que postei algumas semanas atrás, o sensacional dirigível da Goodyear murchou mesmo. Nunca mais o vi dando aqueles cavalos-de-páu ou aqueles rasantes sobre os prédios aqui do centro de Sampa. Mas o pior mesmo é que eu não pude nem dar uns rolês dentro dele. Fazer o quê...

A Teoria do Big Bode Brasil VII
Acho que vale também uma menção honrosa para a gloriosa e incansável Sessão da Tarde, especialmente quando eles passavam a Semana dos Trapalhões ou do Jerry Lewis...
Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, o cinema às vezes promovia a Semana Trapalhões a Cr$ 2,00 por noite. Eu, é claro, não perdia...