quinta-feira, novembro 29, 2001

A Teoria do Gráfico de Geléia
Outro dia estava pensando (oh!) no meu comportamento frente a algumas situações e cheguei a conclusão de que vale também para a maioria das pessoas. Quando fui tentar explicar esse interessante behavior humano para a Cris num sábado de manhã , durante o café, aproveitei que eu havia derrubado um pouco de geleléia de morango na mesa e fiz deste ponto vermelho, meu ponto zero num eixo “x” imaginário. A teoria é a seguinte:
Vamos considerar determinadas situações comuns do cotidiano e dividi-las em “estressantes” (ou “negativas”) e “não estressantes” (ou “positivas”). Um exemplo bem banal: tirar o lixo. Esse evento eu classificaria com graduação “–3” afinal, não é lá big deal. Colocando este nº no gráfico, ele ficaria três marcas à esquerda da geléia marco zero. Agora, se por algum motivo eu não precisasse mais tirar o lixo (por um milagre tecnológico, digamos) a sensação que eu teria não corresponderia proporcionalmente a “+3”, talvez “+1” ou “+1,5” no máximo. Estão percebendo?
Um outro exemplo: durante dois anos cursei pós-graduação. Foi muito desgastante, chegava em casa tarde da noite, vivia pregado, duro e sem tempo para fazer outra coisa. Esse evento, eu classifico como nível “-7”. Pois bem, o curso terminou há algum tempo e eu não tenho sentido um benefício “+7”. Ou seja, acredito que eu e a maioria das pessoas, acaba sempre enfatizando mais o lado negativo das coisas. Aquilo que está bem, bacaninha, beleza, costuma passar meio batido. É como se as coisas tivessem a obrigação de estarem sempre boas. O bom é o default, o padrão. De onde será que veio isso?

Sampa, ontem:

A chuva cai lá fora
Você vai se molhar
Já lhe pedi: "Não vá embora"
Espere a chuva melhorar
Até a própria natureza
Está pedindo prá você ficar...

quarta-feira, novembro 28, 2001

E aí, velhinho? III
Não é que eu queira me gabar, mas não é qualquer um que pode se dar ao luxo de nascer no mesmo dia que Jimi Hendrix, Bruce Lee e (pasmem) Vera Fisher.
É por isso que dizem que eu toco guitarra como Bruce Lee, luto kung fu igual à Vera Fisher e faço a dança do ventre como Jimi Hendrix...

terça-feira, novembro 27, 2001

E aí, velhinho? II
Valeu, Alex-J. A vida é mesmo uma grande viagem e eu, tiozinho, cheguei antes e sentei na janelinha desse grande busão de banda atravessando a planície num final de tarde... Tive a sorte de chamar pro busão só os CB (sangue bom) e de dar carona prá alguns manos que encontramos pelo caminho e que enriqueceram muito a nossa turnê...

E aí, velhinho?
Hoje é aniversário do Master Rex. Quer dizer que hoje (só hoje) ele está de parabéns.
Quer dizer também que ele está mais velho e nós também, por que o tempo passa para todo mundo né, fazer o que? O importante é “passar” bem. E o mano Rex passa muito bem (se bem que ele as vezes “paaassa maaal”, se é que vcs me entendem). O cara tem umas das cabeças, digo, mente, mais privilegiadas que eu tive o prazer de conhecer. É sempre gratificante praticar (como diria Sócrates, né Rex?) uma polemicazinha com ele. Sem falar que o cara é um guitarrista furioso, um baterista insano e um baixista irado. Ele é o homem banda.
Dando uma filosofada barata (porém, sincera), acho que a vida é uma grande viagem (em muitos sentidos) e nossos amigos e familiares são os nossos companheiros nessa viagem. Eles nos ajudam nos trechos difíceis; as vezes, nos mostram o caminho; dividem conosco a alegria de contemplar uma bela paisagem; enfim, tornam a viagem mais fácil e prazeirosa.
É bom ter companheiros de viagem como o mano Rex.
Parabéns, carinha.

segunda-feira, novembro 26, 2001

The World´s Worst Band III
Que seria dos Wonders se não fosse a Liv Tyler? E do Strange Fruit sem a Juliet Aubrey? E do Stillwater sem a Kate Hudson?...
Que seria do Striptease na Planície sem a Magda?

The World´s Worst Band
Enquanto os Titãs são a melhor banda de todos os tempos da última semana, nós somos a pior. Participamos do Festival Assek em Rock num bar da Henrique Schaumann ontem e tiramos um honroso último lugar dentre as 10 bandas que ali estavam.
Mas como já dizia o Cliff, personagem de Matt Dillon em Vida de Solteiro, "isso só me deixa mais forte!". E mostra o quanto as pessoas que nos acompanham gostam mesmo da gente. Só assim prá nos aguentar... né, Magda?

quinta-feira, novembro 22, 2001

O coreano não perdoa
Lá pela segunda quinzena de setembro postamos "A Teoria do Coreano" (I, II e III). Pois é, ele voltou a atacar. Aqui perto do trampo havia uma lojinha que só vendia gravatas. Tinha muuuita gravata. Sempre que eu passava por lá, dava uma olhadinha, via os modelos, as cores, enfim, já havia escolhido umas duas. Ontem, no horário de almoço fui até lá para arrematá-las e qual não foi minha surpresa, quando vejo que a loja estava com as portas fechadas. Isso mesmo, no more ties store. É, o coreano não perdoa.
De vez em quando, eu tento enganá-lo. No começo da semana, resolvi comprar um tripé para filmadora. Pesquisei em todas lojas da Conselheiro Crispiniano (reduto dos equipamentos de foto e vídeo) e encontrei o melhor custo benefício. Não tive dúvidas, tratei de arrematar logo o tripé e pensei: "Aê, coreano, se ferrou!". No dia seguinte, me deparei com outra loja desses produtos e cometi o erro de dar uma verificada. Havia um outro modelo que não era mais barato do que eu paguei, mas parecia um pouco melhor. Então o coreano sussurrou telepaticamente em meu ouvido (imaginem a voz do mestre do Remo ou do mestre do Karatê Kid): "Quem ri por último, ri melhor, né? Brasileiros, hunf..."
That's it.

terça-feira, novembro 20, 2001

Finding Marky Mark
Como bom fã assumido dos filmes de banda, fui obrigado a ver Rock Star e apesar das cenas de Dirk Diggler do sr. Wahlberg, consegui me divertir com o filme. Concordo com a crítica do sr. Ewald Filho no e-Pipoca de que o Mark Wahlberg não consegue segurar as pontas de um filme sozinho. Depois de Boogie Nights ele perdeu o medo de passar ridículo e corre o sério risco de se tornar um novo Charlie Sheen. Mesmo assim, melhor assistir esse do que Rock Estrela do Leo Jaime ou o Pop Star da Xuxa.

Finding Sean Connery
Como ainda não estou podendo sair muito, no feriadão aluguei muitas fitas. Uma delas foi "Encontrando Forrester", onde o verdadeiro 007 interpreta um escritor que publicou um único livro, fez muito sucesso e depois ficou recluso em seu apartamento no Bronx. Depois de uns trinta anos, praticamente sem sair do apartamento, ele conhece um jovem negro (que invade o apartamento por causa de uma aposta) e inicia-se então uma relação de professor/aluno e também de amizade. O jovem possui um talento natural para escrever e vai sendo dilapidado pelo velho escritor.
Bom, essa resenha toda só para dizer que numa determinada parte do filme o Sir Connery diz ao aluno simplesmente para começar a escrever, sem pensar. Disse que muitas vezes apenas o som do teclado da máquina de escrever e o rítmo da datilografia, fazem a escrita começar a fluir. Ensina que a primeira versão de um texto deve ser sempre escrita com o coração e depois a segunda com a cabeça.

Então...
estou tentando...

Ps: na parte final deste filme tem aquela cena típica (como em Perfume de Mulher): o aluno está encrencado na escola, então o Sr. Connery vai até lá, faz um discurso, escorraça o professor mau (que é interpretado pelo F.Murray Abrahan, o cara que fez o Sallieri, o vilão do "Amadeus", fazendo aqui exatamente o mesmo papel:artista frustrado que incomada os talentosos) e salva o aluno. Bem dispensável.

Ps2: funciona !!

segunda-feira, novembro 19, 2001

Easy Rider II
O show do Strip no Encontro de Motoqueiros em Alumínio foi a pura festa rock´n´roll!
Encontrei Jesus, Slash e Rob Halford no mesmo espaço e convivendo harmoniosamente...
Jesus, inclusive, era um dos mais exaltados e queria a toda hora pegar o microfone do Giba para gritar mensagens de exaltação ao rock!
Parabéns ao Vicente dos Aracnídeos e a todos os riders!

quarta-feira, novembro 14, 2001

Merry Christmas, Mr. Lawrence
Ontem passei em frente a um shopping e vi que as decorações de Natal já estão rolando. Este ano, por causa do lance do apagão, cheguei a pensar que não teríamos os mesmos enfeites e luzinhas importadas dos Tigres Asiáticos que vinham crescendo em ritmo alucinante, ano após ano... Mas não adianta nem o Grinch nem o FHC quererem acabar com o Natal, o Natal resistirá mais uma vez!

Tudo bem, parece que as pessoas se acostumaram a gastar 20% a menos de energia elétrica, o que é muito bom, mas repararam que o preço da energia aumentou? Trata-se de mais um produto maquiado?

Pai Babão II
Já dizia o Cat Stevens em "Father and Son": "Look at me, I am old, but I'm happy..."

terça-feira, novembro 13, 2001

Pai Babão
Depois que o Pedrão chegou, muita coisa mudou em minha vida. "Fraldas, muitas fraldas..." dizia o comercial de cartão de crédito. Realmente o número de fraldas é assustador, mas podem estar certos que representa apenas a ponta do iceberg do arsenal de um bebê. Sim, meus amigos potenciais papais e mamães, fralda é o de menos. Duvida? Por exemplo, para uma saidinha básica de algumas horas com o nenê vc precisa levar a seguinte listinha:

- pelo menos duas trocas de roupa, o que pode significar algo como: 2 macacões;duas calças e duas camisetinhas
- gorrinho para o caso de esfriar
- par de meia sobressalente (é que quando vc está trocando o nenê, ele pode (e vai) enfiar o pé na fralda suja...)
- manta, cobertor, ou edredonzinho
- kit farmácia: Funchicória e Espasmo Luftal, para o caso de cólica (comum nos primeiros 3 meses) e também Tilenol infantil para o caso de uma febrinha
- fraldas, muitas fraldas descartáveis (ouvi dizer que na Europa existe um movimento ecológico incentivando as pessoas a voltarem a usar as fraldas de pano, para diminuir os resíduos plásticos no meio ambiente. Pessoalmente, acho que, nos dias de hoje, é tipo assim, impossível.)
- creme para evitar assaduras; creme para passar na assadura (caso o primeiro creme não tenha funcionado) e lencinhos umidecidos.
- umas duas fraldas de pano e uma toalhinha de boca, para o caso dele devolver um pouco do leite ou suco (as vezes ele pode fazer isso na sua camisa, então se vc também quiser levar uma “troquinha”, é válido)
- umas três chupetas limpas
- prendedor de chupetas: item importantíssimo, caso contrário vc teria que levar umas dez chupetas. É claro que sempre tem a opção de vc achar um bar ou lanchonete em que vc possa dar uma esterelizadinha rápida na dita cuja.
- “malinha” para carregar os apetrechos aí de cima e
- carrinho

Sem dúvida, é um trampo considerável. Mas como já disse num outro post longínquo, quando ele olha para vc e dá uma risadinha, é impossível não se sentir recompesado com muita, mas muita folga. Realmente é um sentimento novo, diferente de tudo que já havia sentido até então. Muitas vezes me pego olhando para ele e começo a rir. É uma senção engraçada, é como se toda minha barriga estivesse sorrindo. É um contentamento muito grande e se o Pedrão já falasse, provavelmente diria:
- Pô, pai, para de babar, tá me molhando todo...

Easy Rider
Atenção, riders e bikers de plantão! Sábado, 17/11, tem Striptease na Planície no Encontro de Motoqueiros em Alumínio - SP. É fácil chegar lá: km 76,5 da Rodovia Raposo Tavares.
Corre a lenda de que só será permitida a entrada para quem estiver de moto. Carros, pedestres, equinos não entram! Será? Como já dizia o Vital: "ir de carro é baixo astral".

quinta-feira, novembro 08, 2001

A botinha (meu veículo automotor) se foi. Será que a minha inspiração foi junto?
Nunca fiquei tanto tempo sem postar como nestas semanas. Por que? Não sei explicar ao certo. Sem dúvida, o número de posts é sempre inversamente proporcional a quantidade de trabalho (e atualmente o labor abunda em minha mesa), mas sinto que não é apenas isso. É como se eu não soubesse mais sobre o que escrever. Houve um tempo em que eu não escrevia em maior volume por simples falta de tempo. Nessa longíqua época (uns dois meses atrás), seria capaz de escrever quilômetros e mais quilômetros de posts. E agora, nada...
De qualquer forma, vou seguir o sábio conselho do R3x (por isso ele o Master desse blog) e simplesmente escrever, independente de inspiração. Porque segundo ele, o risco de não voltar nunca mais é grande. Né, Celsok?

Striptease na Planície no Bibi Ferreira
Parabéns à galera do Turismo da Ibero-Americana por ter nos aguentado durante quase uma hora. Não resisto ao trocadilho infame: o evento de ontem foi uma viagem!

quarta-feira, novembro 07, 2001

Lá fora a vida passa...
Há momentos na vida em que tudo que se quer é ouvir a guitarra de Brian Setzer, a voz de Karen Carpenter, tomar uma Inca Kola, ler um Asterix, saborear uma Língua de Gato... tudo ao mesmo tempo...

segunda-feira, novembro 05, 2001

Versão brasileira II
Algumas dublagens de filmes e desenhos da infância são tão marcantes que é difícil até a gente se desvencilhar delas. O Snoopy, por exemplo, é um desenho que eu ainda prefiro assistir dublado. Não na dublagem de agora, mas daquela primeira em que a Patty Pimentinha chamava o Charlie Brown de "Minduim".
A primeira vez que eu assisti Profissão Perigo legendado, levei um susto: o indefectível McGyver que eu sempre achei gente boa com a voz do He-Man tornava-se arrogante e chato na sua voz original. E no seriado As Panteras dublado, todo mundo se lembra da Sabrina meio masculinizada por causa da voz grave, mas no original ela era a mais fragilzinha de todas: tinha uma voz de menininha.

Versão brasileira
Não que eu esteja reclamando, pelo contrário, eu até agradeço, mas por que será que a Record resolveu passar os episódios de Seinfeld legendados? Eu li alguma coisa que é porque as piadas eram difíceis de ser dubladas... Mas os dubladores brasileiros já inventaram cada coisa! O celsok me contou que já viu o "Alf, o E.Teimoso" cantando "Faz Parte do Meu Show", do Cazuza. E eu me lembro que o "Primo Cruzado" era mineiro! Acho que o Seinfeld prá esses caras seria fichinha... Mas, beleza! Deixa assim que é melhor...

Monday morning
Tempinho de chuva...
Aquela esfriadinha básica...
Prá mim, essa é a cara de São Paulo.