quinta-feira, julho 31, 2003

Na telinha - II
Eu nem lembrava que esse filme existia, mas foi uma grata surpresa prá uma tarde de sábado: "O Hotel de Um Milhão de Dólares". Especialmente pelas atuações de Jeremy Davies e Milla Jovovich. E a trilha, que apesar de ser do Bono, é bem legal. O sr. Davies poderia tranquilamente ensinar ao Jim Carrey como fazer caretas sem ficar ridículo.

quarta-feira, julho 30, 2003

Pro diabo que te carregue - II
No capítulo anterior, vimos a saga de um pobre consumidor às voltas com sua secretária eletrônica afônica que não tinha problema.
- Aperta 2-5-8-0 e põe no gancho. - disse o atendente.
Chegando em casa, claro, tentei a mandinga e nada.
Queria muito lembrar o nome do filme em que mãe e filha batiam o fone nervosamente no aparelho para passar uma imagem do meu desejo na hora, mas essa minha memória anda tão oxidada quanto a membrana do teclado do meu aparelho. Se alguém souber o nome do filme, manda aí prá mim, tá?

terça-feira, julho 29, 2003

Pro diabo que te carregue
Um dos principais pesadelos da vida moderna é o fato de algumas pessoas não se adaptarem a ela. Principalmente quem mais deveria, como por exemplo, os que trabalham com produtos tecnológicos. Mais precisamente, os que trabalham com artigos para celulares ou aparelhos eletrônicos. Mais precisamente ainda, os desgraçados da assistência Vivo da Alameda dos Nhambiquaras e os desgraçados da assistência Panasonic da Alameda dos Jurupis. (olha, os dois estão pertinho um do outro, cuidado...)

Tudo isso prá dizer que um dia eu quis comprar um carregador de celular para carros por R$ 20,00. Desafortunadamente eu estava nessa assistência Vivo e levei um. No dia que eu precisei usar, batata: não funcionava. Na semana seguinte, voltei lá. Já tinha fechado. Na outra semana, voltei e troquei. Levei até o carro e testei. Pareceu ok, mas no dia que eu precisei usar de novo: nada. Na outra semana, voltei de novo, troquei, mas não antes de pedir que ela testasse o aparelho. Ela testou e disse que estava ok (nos outros dois anteriores, foi detectada falha na voltagem). Levei. Não, não funcionava. Na quinta vez que voltei lá, fui decidido a devolver o aparelho. Sabem a resposta?
- Não posso efetuar a devolução de imediato, sr.

Vou pular a parte da minha fala para evitar mais constrangimento. O fato é que tenho que aguardar uma resposta e estou com o quarto carregador que, é claro, não funciona.
Olha, eu até posso aceitar o fato de que todo o lote de carregadores desses caras esteja bichado, mas por que diabos, essas pessoas parecem simplesmente não se atentar para este fato? Ou por que jamais algum funcionário levantou a questão de efetuar um teste de voltagem no acendedor do meu carro? Ou alguma outra sugestão qualquer?
Só mesmo pagando o micão de dar um escândalo na loja para que alguém tome alguma providência. E olhe lá. Enquanto você tenta ser civilizado, um homem da era moderna, esse pessoal não te entende.

E aí um belo dia a secretária eletrônica fica afônica e as mensagens, quase inaudíveis. Levei à assistência Panasonic da Jurupis e solicitei um orçamento. Tentei prover o máximo de informações possíveis, disse que o problema era intermitente, que fora a rouquidão da secretária, todo o resto estava funcionando normalmente etc etc... O rapaz preencheu a ficha-padrão de orçamento e disse que me ligaria prá passar o preço. Disse também que, caso eu não aceitasse, havia uma taxa de R$ 10,00 sobre o orçamento.
"Isso é prática de mercado?", pensei. Mas também achei que o problema pudesse ser bem simples. Quando o rapaz me liga prá passar o preço:
- R$ 97,00.
- O quê?
- Vai ter que trocar o buzzer, a membrana do teclado, desoxidar as conexões, reparar a placa e refazer algumas trilhas.
- Tudo isso por causa da secretária que está falando baixo?
- Não. Isso tudo é no monofone. A sua secretária não tem nada.
- Mas eu não pedi orçamento para o monofone. Até porque ele estava funcionando! Eu pedi orçamento para a secretária.
- A secretária não tem nada.
Voltei até lá (numa das vezes que fui à assistência Vivo) e retirei o aparelho. Claro, não paguei a taxa do orçamento, até porque não teve orçamento. Quando cheguei em casa, todas as baterias do aparelho estavam arriadas. E a bateria do monofone não estava carregando mais. Ligo lá. Um dos caras me diz:
- Tenta resetar o fone, teclando as teclas do meio e depois colocando na base.
- What?
- Tecla 2-5-8-0 e põe na base.
- Ah, claro. Como não pensei nisso antes? Que cabeça a minha...

Na telinha
Fim de semana assisti outro filme argentino que gostei bastante: O Filho da Noiva. Mui bueno!!
O outro que havia assistido é o Nove Rainhas (ambos com o mesmo ator Ricardo Darín).
Nuestros hermanos argentinos están “mandando mui bien” en las peliculas. Bons atores, estória legal, sacadinhas, boa fotografia.. Vou adiantar uma piadinha do filme: O Ricardo Darín estava tentando convencer o padre a casar os pais dele, então disse:

_Mas padre, Deus também não é velho? Ele deveria ficar contente com essas coisas... e o padre:
_Meu filho, Deus não é velho, nem novo, não é homem, nem mulher, não é branco e nem negro.
_Não padre, esse é o Michael Jackson...

Quando desvinculamos os argentinos do futebol, eles até que ficam legais...

segunda-feira, julho 28, 2003

Bolinha, o nome da fera.
Dia 17/07, postei sobre um cachorro lazarento que quis, já num primeiro encontro, muita intimidade com a batata da minha perna. De lá para cá, descobri que o tal cachorro não era tão de rua assim. Ele não tem casa fixa mas é tratado por um pessoal de uma banca de jornal. Depois da mordida já havia encontrado com ele algumas vezes.

Pois bem, sábado passado era o meu prazo para saber se eu precisaria tomar outra dose de vacina ou não. E tudo dependeria da condição de saúde do au-au. Bastava ele estar vivo, para eu me livrar da picada. Logo na parte da manhã, fui até onde costumava vê-lo e não o encontrei. Resolvi perguntar na banca. Estava meio sem jeito, mas encarei:
_Bom dia, ouvi dizer que um cachorro preto de cara amarela que costuma ficar aqui por perto é cuidado por vocês, é verdade?
Uma garota, toda na defensiva, se apressou em dizer:
_Não, o cachorro fica aí, mas não é responsabilidade nossa, não...
Quando me aproximei mais do balcão dentro da banca, levei um susto: deitado confortavelmente num cobertorzinho estava o dito cujo.
_É esse cachorro mesmo que mordeu!!
_ Mas o Bolinha é tão mansinho, não faz nada...
_Mas eu vinha vindo de bicicleta e ele me mordeu.
_É que ele não gosta muito de bicicletas e motos...

Então ela começou a procurar numa gaveta e encontrou a carteirinha de vacinação para me mostrar. Lá na carteira dizia que um tal de Bolinha havia sido vacinado.... Menos mal.

Quando ele se levantou, notei que era bem grandinho. Mas até que tem uma cara simpática, o lazarento.

Agora, pior que a mordida, foi a garota dizer que o cachorro não é de responsabilidade deles. Bonito...

Comida, cobertorzinho, vacina...Pela lei do concubinato, o Bolinha tem direito a 50% da herança...

Teoria da Beleza
A bela da tarde de hoje é argentina de nascimento, toca baixo e violoncelo no Zwan: Paz Lenchantin.

Ninguém merece
Antes não tivesse tido o desprazer de ter ouvido, mas já que aconteceu, vou aqui mais uma vez dividir a minha indignação com vocês.
No sábado à noite, ouvindo por engano a CBN (achei que estava na Nova), conheci o quadro "Ninguém Merece", onde os locutores prestam o desserviço de ficar espinafrando o que quer que seja. Nesse dia, a vítima foi o Charlie Brown Jr.
Não que eu seja um fã dessa banda, mas reconheço que eles chegaram onde estão por puro mérito. Além disso, se for prá falar mal, prefiro fazê-lo no campo dos argumentos e não somente com comentários irônicos e preconceituosos.
Veja alguns trechos do quadro:

Locutor: O Charlie Brown Jr foi fundado em Santos por três amigos: Chorão, Champignon e Pelado.
Locutora: O quê?!
Locutor: Chorão, Champignon e Pelado!
Locutora: Nossa! Com uns nomes desses não é possível fazer boa música mesmo!
...

Locutor: O Charlie Brown Jr diz que faz música de protesto, tipo coisa de jovem rebelde.
...

Locutora: E vocês pensam que o nome Charlie Brown vem daquele personagem fofinho da turma do Snoopy? Antes fosse, o nome veio de uma barraca de côco da praia! O Charlie Brown do côco!
...

Charlie Brown no BG: Eu falo tudo que ela gosta de escutar...
Locutora: É, Chorão! Mas vocês não fazem a música que a gente gosta de escutar!
...

Charlie Brown no BG: Só por uma noite... só por uma noite...
Locutor: Nós não aguentamos mais ouvir isso nem por mais uma noite!


Terminado o bizarro quadro, a emissora começou a rolar um som da Banda Black Rio. Será que os iluminados redatores sabem que o atual baterista dessa banda se chama Chocolate? E o que dizer da qualidade musical de um cara cujo apelido é Bituca? Ou Cartola?

CBN, esse quadro ninguém merece.

sexta-feira, julho 25, 2003

R3x, a fraude
Depois que todos souberam que atingi a iluminação durante uma aula de spinning, não teve jeito: a minha academia foi invadida por milhares de pessoas em busca da onisciência. Mais de 400 novas bikes tiveram que ser instaladas e a academia, que antes tinha natação, ginástica e musculação, agora só tem spinning.
Todos querem seguir os meus passos, quer dizer, as minhas pedaladas e lá na academia eu me transformei numa espécie de Forrest Gump de bicicleta. Também motivado pelo meu post "Spinning in the Sky with Diamonds", todas as aulas agora são ministradas com uma única música: "Living La Vida Lôca", de Ricky Martin, o que já virou um verdadeiro saco.
O problema é que, graças à minha onisciência, eu sei que muitas pessoas só estão nessa motivadas pela ganância: elas querem atingir a iluminação para saber as dezenas da mega-sena, os resultados da loteria, da lotomania, do bingo e até das rifas de associações amigos de bairro. E com isso eu não posso compactuar. Só estou deixando prá ver onde isso vai dar, embora eu já saiba.
O que vem me intrigando e desafiando a minha onisciência é um outro fato. Ontem, sentou-se ao meu lado uma garota magrinha, 1,50m de altura para fazer aula. Pois bem, a garota pedala muito e não sua uma única gota! Não leva toalha e nem garrafinha d'água. E eu, no final da aula, pareço o Bruce Willis em "Duro de Matar - 3"...

Vocês, num exercício de percepção, estão levantando algumas possibilidades:
1 - Será que a garota tem alguma disfunção nas glândulas sudoríparas?
Resp: Não, elas estão em ordem.
2 - Será que ela está roubando na carga?
Resp: Não, ela está pedalando pesado.
3 - Será que ela usa uma super roupa de dry fit que evapora instantaneamente o suor?
Resp: Não, até porque isso não existe.
4 - A garota é uma replicante programada para pedalar.
Resp: Não, eu notei que a íris de seu olho dilata para acelerar e contrai na subida.
5 - O R3x não é onisciente porcaria nenhuma, caso contrário, ele saberia a resposta.
Resp: É, acho que tenho que concordar com vcs nessa.

quinta-feira, julho 24, 2003

Uma breve história do tempo
Já discorremos sobre o tema outras vezes, mas hoje vou me utilizar de uma pequena fábula...

Dois senhores pegavam o ônibus para o trabalho todos os dias no mesmo ponto, às 7h15. Embora o ônibus fosse quase sempre pontual, às vezes o horário oscilava entre 3 minutos para mais ou para menos. Por via das dúvidas, o sr. Alberto chegava sempre às 7h05 e esperava cerca de 10 minutos. Já o sr. Benedito chegava sempre em cima da hora, poucos segundos antes de o ônibus parar no ponto. Às vezes, uma pequena corrida era até necessária. Mas, uma vez no ônibus, atrasados ou adiantados, já não importava mais, tornavam-se todos passageiros.

O sr. A., no entanto, não conseguia deixar de refletir: "O sr. B. controla muito melhor o seu tempo do que eu. Ele não precisa perder 10 minutos todos os dias esperando o ônibus." E começou a conjecturar sobre o que poderia fazer com 10 minutos a mais todas as manhãs:
1 - poderia passar 10 minutos a mais abraçando sua esposa antes de acordar.
2 - poderia dar aquela caprichada na barba, que nem sempre era bem feita.
3 - poderia dar uma passada nas manchetes dos jornais enquanto sorvia um rápido café.

Além disso, ele calculou que 10 minutos todas as manhãs significavam 50 minutos por semana, 3 horas e 20 minutos por mês, 40 horas por ano(!) perdidas esperando o ônibus...
Para a manhã seguinte, decidiu: não ia mais perder esse tempo, iria sair de casa 10 minutos mais tarde.
Tocou o rádio-relógio, mas ao invés de dar um beijo na esposa e levantar correndo, abraçou-a como se fosse dormir um pouco mais.
- O que é isso? Acorda, Alberto! Você vai chegar atrasado!
Sentindo o clima cortado, levantou-se e foi ao banheiro. Espumou abundamente o rosto para barbear-se, mas olhando de esguelha para o relógio a fim de controlar o horário, arranhou de leve a pele com a lâmina.
Sentindo o rosto cortado, vestiu-se e foi para a cozinha. Apanhou o jornal, começou a ler as manchetes, mas descobriu que o caderno de esportes estava faltando.
Sentindo a sua leitura cortada, resolveu sair. Olhou para o relógio, já estava 2 minutos além do previsto, começou a ficar desesperado. O elevador, que sempre vinha tranquilo, hoje resolveu quebrar e ele teve que descer cinco andares de escada. Perdeu mais alguns minutos. Na esquina, o trânsito quase sempre tranquilo, hoje estava furioso e não o deixava atravessar a rua. Ao cruzar a praça para chegar ao ponto, teve que enfrentar no contra-fluxo uma multidão de velhinhos da comunidade japonesa, todos de branco para a ginástica matinal. A 50 metros do ponto, avistou o ônibus que freava. Seu coração, já acelerado, tinha agora que bombear o sangue para as pernas. Começou a correr desesperadamente, o braço levantando a pasta, as pombas levantando vôo assustadas. Na porta do ônibus, esperava-o o sr. B. com um sorriso. Entraram. Uma vez no ônibus, atrasados ou adiantados, eram todos passageiros.
Após recuperar o fôlego, comentou com o sr. B.:
- Perdi a hora. Que desespero, parece que tudo lutava para que eu não chegasse!
E o sr. B.:
- Eu passo por isso todos os dias. Por isso, de agora em diante, resolvi sair de casa 10 minutos mais cedo.

Moral da história: ah, sei lá. Você decide. Manda aí no comments, tá?

quarta-feira, julho 23, 2003

Caso Verdade

19 anos – Bragantino Jesse James

Conversando com a Daniela, sobre batidas de carro, lembrei-me deste episódio (como pude esquecer?) que também pode estar no hall da fama dos Caso Verdade, visto que atende com louvor os quesitos: situação insana, trapalhadas, acidente leve e etc. Pelo menos, dessa vez não fui parar no hospital nem nada. Mas poderia ter acontecido algo de proporções muito graves.
Mas... sempre tem um lado positivo (sei que é batido dizer isto, mas é verdade mesmo, fazer o quê?). Por exemplo, essa foi a primeira e única vez em que efetivamente bati o carro. Da mesma forma que quando quebrei o dente (A Banguela Filosofal) aprendi sobre consequências, digamos que esse episódio foi uma aula-reforço sobre o conceito...

Chevette L 1.6, azul escuro metálico, 1984, à álcool (que sofrimento nos dias frios... )
Esse foi meu primeiro carro. Bragantino Jesse James foi como batizei ele. A chapa era BGR 6021, esse BGR é que me sugeriu o Bragantino. Já Jesse James, era para dar uma pinta de fora da lei, sabem? O R3x conheceu o carro, pôde até passar uns sustos nele...

O carro não era ruim. Mas como dava problemas elétricos!! Ele sofria de descarregamento crônico de baterias...De uma hora para outra, puf, apagava. Cheguei a trocar a bateria, pedir para um eletricista dar uma checada em toda fiação, alternador e nada. Vira e mexe, ele me deixava na mão.

Numa das vezes, saindo da casa de uma amiga, virei a chave e... plec...nem sinal. Que saco! De novo! Um homem que passava na rua se ofereceu para empurrar. Chamou mais dois...força.. e....vrrummm! Beleza. Valeu pessoal!!
Ando 50 metros e puf, o carro apaga de novo. Não acredito! Dessa vez, não tive tanta sorte, precisei caçar uns “voluntários” prá me ajudar. Vamos lá pessoal, com garra agora...vrrrum!! Brigadu!! Bom, agora vai, não é possível. Mas era possível. Parado no farol, ele morreu de novo. Nesse momento, eu estava na Rua Águas de São Pedro, esquina com a Av. Nova Cantareira. Nesse trecho, a Cantareira sentido Santana, é descida.

Neste dia compreendi (na marra) que, manter o equilíbrio independente da situação, é sempre indispensável. Mas nessa hora eu ainda não tinha compreendido nada e não estava nem um pouco equilibrado...estava é querendo dar uns chutes no Bragantino e largar ele no meio da rua...
Chamar alguém prá empurrar de novo??

Então tive a brilhante idéia: eu já estava quase na Cantareira (que é descida). É só empurrar o carro até lá, entrar dentro e dar um tranco na descida. Toda vez que lembro disso, sinto um frio na barriga...

Fui empurrando o Bragantino, e fazendo a curva à esquerda para entrar na avenida. Só que quando ele começou a entrar na Cantareira, quem disse que eu consegui segurar o carro? Ou entrar nele? Patético...Eu tentava desesperadamente segurar o carro, que me arrastava pela rua...que bonito...

A sorte é que como a direção estava virada para fazer a curva, ele acabou virando mais e acertando um Fusca que vinha subindo em sentido oposto. O tiozinho do Fusca não entendeu nada...e também não se alterou muito. Eu até já estava preparado para ouvir um monte (e com razão), mas ele foi gente fina. Sorte que eu tinha seguro...Nessas ocasiões é comum de se ver homens (principalmente) animalizados, frente a situações em que seus carros, como que extensão de seus corpos, tenham sido arranhados ou batidos. Quantas mortes estúpidas já não aconteceram, por conta de simples brigas de trânsito...Mas nessa ocasião, estupidez, foi apenas a minha mesmo...

Às vezes fico pensando: e se a direção não estivesse suficientemente virada e o carro desembalasse ladeira abaixo? Poderia ter batido em outro carro com muito mais força... ou encontrado alguém na calçada... ou ainda ter parado dentro de alguma casa. De novo, aquele frio na barriga...

Por isso eu digo: crianças leitoras do Teoria, não tentem fazer isto sozinhas em casa. Nem na presença de um adulto.

O ideal é ter pelo menos três adultos...

terça-feira, julho 22, 2003

A cadela e a canela - III
Desculpem-me pela insistência no tema, mas eu estava dando uma fuçada no site do Biquíni e encontrei uma explicação sobre o porquê de aquela música se chamar "Cadela Pornográfica"... Saca só, quem conta é o Bruno:

Ensaiávamos nas casas de nossos pais. Assim, dividíamos os aborrecimentos com os vizinhos. Na casa do baixista, usávamos o quarto da sua irmã, que era mais espaçoso. Ela tinha um cachorrinho de brinquedo chamado "Dorminhoco" que quando apertado na barriga dizia frases como "estou tão sozinho", "me dá um abraço"... um dia alguém pegou o brinquedo e ele disse: "posso dormir com você"? Birita disse então: "sai pra lá, sua Cadela Pornográfica!".

A cadela e a canela - II
Falando em faixas e lados de discos, lembra que a última faixa do lado A tinha que ser sempre uma espécie de "rito de passagem" para o lado B?
Essa do Biquíni Cavadão aí embaixo, por exemplo, é uma musiquinha curtinha, com os caras gritando como se fosse uma música de fundão de ônibus. Um clima de festa prá encerrar o lado.
No "Dois", da Legião Urbana, o lado A terminava com a vinheta de violões de "Tempo Perdido"... prá mim, um clima de nostalgia e saudade incríveis de um tempo, sei lá, perdido...
E no disco do Luni, o lado A terminava com "Oi", uma conversa telefônica musical de Marisa Orth carregada na emoção... me dava até um nó...

A cadela e a canela
Todo aquele bafafá em torno da cadela lazarenta que levou um naco da canela do Alex-J me lembrou uma musiquinha, última faixa de lado A do primeiro disco do Biquíni Cavadão:

Cadela pornográfica
Se uma cadela passasse por aqui
E me desse uma lambida... na perna!
Eu soltava "uma" tapa na cabeça dela
Eu não quero carinho de ninguém!

segunda-feira, julho 21, 2003

Hoje é segunda-feira, então é dia de...

Teoria da Beleza
Não é que eu esteja puxando a sardinha pro lado das bateristas, mas... confere aí: Sheila E.

Born to be Wild
Há mais de três anos, nosso exótico e querido amigo Bira nos convidou para o seu aniversário em um barzinho. Normal, né? Só que estamos falando do Bira, dessa forma, o bar era na cidade de Vinhedo...

Tem certas coincidências que são realmente marcantes, na vida, né? Tenho vivido um momento, em que ouço essa palavra a todo a instante... Ou coincidências não existem? O R3x, agora que ganhou super-poderes de onisciência, poderia nos iluminar...

Mas o aniversário do Bira foi muito legal. O barzinho, estilo rockabilly, muito bacana, chama-se Woolly Bully e a banda que tocou lá naquela ocasião foi o Black Jack. As impressões mais fortes que ficaram sobre o evento foram:

1. Uma diversão rock and roll muito sadia, sabem? Uma galera de diferentes cidades interessada apenas em festejar, compartilhar, dançar. Enfim, se divertir.
2. Talvez a maior responsável pelo item anterior seja mesmo a Black Jack. Set List "injeção" como diria o Bira - que resumindo, quer dizer: muito bom - performance contagiante e:
3. O Born to be Wild mais wild que já vi... (que não vou entrar em detalhes aqui, porque o R3x prometeu um post exclusivo sobre isto).


Pouco tempo atrás, estava fazendo uma busca em blogs (estava procurando meu antigo blog, acreditam?) e acabei encontrando o blog da Banda Black Jack. Dei uma olhada, fiquei feliz pela banda ainda existir (já faz mais de três anos) e também em saber que eles continuavam tocando no Woolly Bully. Passei essas informações ao R3x, que também curtiu em saber.

Finalmente, há algumas semanas, nosso amigo César comprou uma guitarra modelo 335, a guitarra do Brian Setzer do Stray Cats. Daí o R3x disse prá ele: "Sabe que uma vez fui em um barzinho em Vinhedo e o cara tocava Stray Cats com uma guita parecida com essa?" e o César: "Demorô". Então, o R3x trocou algumas mensagens com o Whisky (vocal e guitarra), via blogs (o deles e o nosso) e combinaram tudo.

Sábado passado eles foram até lá. Não pude ir porque o Pedro estava meio gripado e ficamos com dó de deixar ele na casa de alguém nessas condições. Como era de se esperar, o R3x disse que o show foi muito legal, com direito a músicas dedicadas ao Teoria e tudo. Disse também que havia crianças. Bom saber, de uma próxima vez, também eu e o Pedro estaremos lá, pulando ao som de Born to be Wild e outros clássicos.

Parabéns e abraços ao Whisky e a toda banda. Rock and Roll can't die. E se depender de bandas como a Black Jack, it won't.

Black Jack rocks it!
Já pensou em fazer uma balada rock'n'roll de verdade num cenário de filme do Quentin Tarantino?
Então arme o seu topete e mergulhe fundo nessa mistura explosiva: banda Black Jack no Woolly Bully.

sexta-feira, julho 18, 2003

R3x, o onisciente
Desde que divulguei aqui o episódio da minha iluminação, durante a aula de spinning, muitas pessoas me procuraram para saber se eu adquiri, junto com a minha onisciência, super-poderes. A resposta é... não. Não adquiri nenhum super-poder do mundo físico... Super-força, super-velocidade, visão de raios-x, invulnerabilidade, raios de calor que cozinham qualquer coisa... até que não seria mau.
Na verdade, a onisciência não me poupou de continuar tendo que pegar o ônibus todos os dias, de pegar gripe, de ser um baterista pífio... a onisciência apenas traz algumas vantagens e desvantagens para quem a atinge.
Desvantagens: não vou mais ao cinema, já sei os finais de todos os filmes... as pessoas não podem mais planejar festas de aniversário-surpresa para mim...
Vantagens: de manhã, antes de sair de casa, já sei se vai chover, se vai fazer frio, se vai ter greve de metrô etc... posso comprar cd's novos sem medo, pois já sei se vou gostar ou não...
Mas, o meu analista me recomendou: "Vida normal, garoto!"

Muitas pessoas também têm me abordado para perguntar sobre os grandes mistérios da vida:
- Há vida após a morte?
- Eram os deuses astronautas?
- O Silvio Santos vai morrer daqui a 6 anos?
- O Brasil vai ser campeão da Copa em 2006?
- O Brasil vai se classificar para a Copa de 2006?...
Queridos leitores, em verdade vos digo: em vez de canalizar a vossa preciosa energia em torno dessas supostas questões que não querem calar, que tal concentrá-la em questões um pouco mais simples como:
- Você está feliz?
- Você está tornando as outras pessoas felizes?
Se quiser uma dica, eu dou: faça spinning.

Teoria da 1/2 Vez...
Legal o título desse post, não? Bem original... Pois é, mesmo depois de 2 anos de existência (esse blog foi criado lá no falecido Desembucha), centenas de emails ainda nos chegam todos os dias para perguntar "que diabos é essa tal de Teoria da 1/2 Vez?!"... E ontem, eu vi uma propaganda na tevê que expressa muito bem o conceito principal de nossa teoria: a propaganda da Visa sobre a mulher que quer comprar um sapato.
Repare que na vida, as coisas são mesmo assim. Quando se quer uma coisa, geralmente um bem de consumo ou alguma outra ação menos nobre qualquer, nós seres humanos ainda temos um resquício de remorso dentro de nós. O que não nos impede de efetivamente ir lá na loja e encher a cesta de cd's... ou faltar na escola... ou trocar o almoço do dia dos pais por um show gratuito no Sesc Interlagos... ou comprar aqueles super-sapatos-dourados da moda. Tudo o que precisamos nessa hora é de "1/2 vez" para nos incentivar. Uma desculpinha esfarrapada qualquer. Um empurrãozinho prá quem já está na beiradinha do abismo apoiando-se só com um pé. Igual à moça do comercial.

quinta-feira, julho 17, 2003

A corrente do bem
Uma coisa que não comentei no post do cachorro doido aí debaixo é que: um xarope que estava na rua na hora em que o au-au fechou a boca na minha perna disse que esse cachorro me mordeu porque há pouco tempo atrás ele apenas latiu para um ciclista e o cara enfiou o kichute no referido canídeo. Ou seja, o zé-cachorro se vingou em mim...

Confesso que até agora eu estava realmente pensando em dar umas botinadas nuns tótós por aí, mas pensando bem, acho que preciso quebrar essa corrente, até porque para não ser agraciado com outra mordida depois...Na verdade, a vida funciona assim, não é mesmo? Somos agredidos e agressores o tempo todo. Por isso, devemos ter em mente, sermos apenas agentes ativos do bem, ou seja, quando recebermos algum mal, devemos prestar atenção para não repassá-lo, mas sim, aniquilando-o dentro de nós mesmos.

Por isso, você que leu esta mensagem, passe para 23 pessoas e terá muita sorte. Se não passar, matilhas de cães vão te atacar, fazer xixi na sua perna, desfiar sua meia calça, deixar autógrafos de patas na sua camisa branquinha, latir muito quando você estiver com dor de cabeça, além de fazer cocô na sua cama. Mas não é que eu esteja ameaçando ninguém, veja bem...

Rock-Gol contra
Não tem jeito. Todos os anos nós temos que comentar sobre o Rock-Gol MTV aqui neste blog. Este ano até que eu estava me segurando, mas outro dia, vendo um lance do Edgard Scandurra, não aguentei: tenho que comentar.
Prá quem não viu, na terça-feira, o jogo estava 0 x 0 até que Edgard marcou um gol... contra. Coitado, o cara, que já não é muito expansivo em campo, ficou arrasado. Ficou sentado no gramado naquela posição que os goleiros ficam quando tomam um gol por cobertura. O jogo terminou 1 x 0.

Lembrei-me de um ocorrido quando eu estava na 6ª série. O professor de Educação Física armou um campeonato de futebol entre as salas, mas os jogos ocorriam bem cedo, antes da primeira aula, ou seja, lá pelas 6h da manhã. Eu nunca joguei nada de futebol e me sentia exatamente como o Edgard, isolado, não pertencendo àquele lugar. Mesmo assim, no jogo final (minha sala tinha ido prá final, pois tinha uns caras que jogavam bem), eu resolvi dar aquela força e apareci. Acontece que vários caras, incluindo o craque do time, não apareceram porque era muito cedo, estava frio etc etc...

- Réquis, aquece aê! Cê vai jogar!
- O quê?! Mas eu... não, não posso!
- Num tem jeito... senão a gente vai perder por WO...
- Fuck...

Corta para o jogo. Bem, amigos da EEPG João Vendramini! Vamos para 14 minutos do segundo tempo! O jogo segue 1 x 1, as equipes estão muito equilibradas. O goleiro Jão, da 6ª-A vai reposicionar a bola. Rola para Réquis. Réquis avança, pára, olha, dá meia-volta, vai voltar prá Jão... Olha o ladrão! Valdir, da 7ª-B rouba a bola, fintou Jão e gol! Goooooooooool!!!!!!... Mas o que que é isso, Réquis? Ô, Réquis... Ô, Réquis... Entregou o ouro pro bandido! O juiz aponta o centro da quadra e fiiiiiiim de jogo! A 7ª-B é a campeã!

Pausa dramática para vocês visualizarem a cena de R3x cabisbaixo, sozinho, no meio da quadra. (aprendi essa técnica cinematográfica com Alex-J)

O mundo realmente despencou nessa hora e a minha cabeça ficou por baixo. Peguei minha bicicleta e voltei voando prá casa... as lágrimas eram empurradas pelo vento no rosto... ainda precisava tomar banho e me trocar para a aula. A minha vontade, é claro, foi de não voltar nunca mais, mas era justamente o dia para entregar os trabalhos de Educação Artística do bimestre.
Quando eu voltei prá escola, a galera realmente não me poupou. Todo mundo já estava sabendo que a 6ª-A tinha perdido o campeonato por minha causa. Até o cara de pau do Celsinho, o craque do time que não tinha aparecido no jogo, foi fazer as suas gracinhas.
- Entregou o jogo, hein, japonês!
Foi aí que Jão, como bom goleiro e bom chapa, me defendeu.
- Foi você quem entregou o jogo, Celsinho! Quem mandou não aparecer? Pelo menos ele veio.

Corta para 2003, MTV Sports Arena: é isso aí, Edgard! Pelo menos você estava lá e jogou. Melhor que o André Jung, que ficou no banco só olhando sem a menor disposição prá entrar.

Caso Verdade

32 anos, 9 meses e 16 dias – Cachorro Lazarento
Ao contrário do R3x, meu spinning é feito numa real bike (que já viu dias melhores inclusive), no trajeto casa-natação-casa. Também ao contrário dele, meu spinning costuma ser bem relax. Menos, é claro, quando estou atrasado para aula. Ontem, depois de uma típica aula, fiz uma típica sessão de abs, pus minha típica mochila nas costas (com chaveirinho de feto de ET do Arquivo X) e fui para o meu típico rolê de bike voltando prá casa. Tudo normal. Nem estava muito frio ontem. Vinha pedalando, aproveitando o passeio e pensando na vida. Pensando em algumas coincidências...Infelizmente, nunca tive revelações da magnitude das do R3x. Até então, pedalando, só havia tido uma revelação: os motoristas motorizados não respeitam as magrelas – como é difícil pedalar nas ruas!

Mas estava tudo certo, tudo como de costume até que: alguns típicos cachorros de rua se aproximaram da bicicleta latindo. Isso já havia acontecido várias vezes, eles dão umas latidinhas acompanhando a bicicleta e depois vão embora. Erro fatal. Um deles veio e deu uma bocada na minha perna. Doeu um pouco (na verdade ainda dói um pouco) mas nada que eu já não estivesse acostumado, como vocês sabem. O problema é que sangrou...

Cachorro de rua, mordida, sangue. Combinação desagradável. Toca nove e meia da noite ir procurar um Pronto Socorro. Laudo médico:
_É seu Alexandre, não vai ter jeito o senhor vai precisar ir até o Instituto Pasteur para tomar vacina antirrábica. Faça isso em até dez dias.

Vou começar a pedalar com aquelas sapatilhas de velocista, sabem? Aquela cheia de pregos na sola...

quarta-feira, julho 16, 2003

Spinning in the Sky with Diamonds
Os queridos leitores que acompanham esse blog sabem da minha saga na busca por um melhor condicionamento físico, especialmente na aula de spinning. É lá onde tudo acontece. É no spinning que se abrem as portas da percepção. O spinning é meu Santo Daime, meu Ganja, meu Ahuasca...

Ontem, acelerando tudo ao som de "Living La Vida Lôca", senti a bike soltar-se do suporte e projetar-se no espaço-tempo-continuum, tal qual as bicicletas voadoras de "E.T.". A sala desapareceu e, em seu lugar, apenas uma forte luz... A voz de Ricky Martin foi ficando cada vez mais longe... De repente, sem parar de pedalar um único instante, comecei a distinguir formas e sombras e vi a história da humanidade passando como um clipe de Spike Jonze bem em frente aos meus olhos incrédulos. Era o meu espírito sendo abastecido pela onisciência. A mesma que Connor MacLeod obteve em "Highlander".
Assim, como num passe de mágica, todos os mistérios de nossa existência me foram esclarecidos: quem somos? de onde viemos? para onde vamos? quem matou JFK? o Santo Sudário é legítimo? quem desenhou as Linhas de Nasca? o que os irmãos Wachowski farão depois de Matrix-Revolutions?...

De repente, um som muito alto interrompeu toda a paz do momento. Era "Funk Soul Brother" do Fat Boy Slim no maior gás, a próxima música no set list da aula. Num piscar de olhos, eu estava de volta à aula e ainda tomei uma ralada da professora: "Tem gente que não tá botando carga, hein! Eu tô de olho!"

O ouro e o sonho
O "Visionário dos Chocolates!!"... (entonação de apresentador de circo)... o "legítimo sobrinho de Willy Wonka" Alex-J já tinha proferido no início dos anos 90: os bombons "Sonho de Valsa" e "Ouro Branco" são o yin e o yang dos chocolates. São exatamente os opostos de uma mesma matriz.
Mas por que não misturar um pouco as coisas e criar as versões "Sonho Branco" (chocolate branco por fora e recheio do Sonho de Valsa) e "Ouro de Valsa" (chocolate ao leite por fora e recheio do Ouro Branco)?
E não é que 13 anos depois, a Lacta lançou o Sonho de Valsa Branco?... o sonho de Alex-J!
Mais exótico que isso só mesmo o Bis de Laranja.

terça-feira, julho 15, 2003

Uma questão de etiqueta
Nos anos 70, a Hering lançou uma promoção, cujos prêmios eu não consigo me lembrar quais eram, mas que foi uma verdadeira febre.
Para ganhar, era preciso juntar muitas, muitas, muitas etiquetas das camisetas Hering.
Eu me lembro que nessa época, meu irmão mais velho passou a tesoura em toda e qualquer etiqueta Hering lá de casa, não importando se fosse a regatinha do caçula (eu) ou o pijama do vovô: ficou todo mundo desetiquetado. E, numa casa com quatro irmãos, é bastante compreensível que muitas roupas (camisetas brancas, por exemplo) fossem diferenciadas somente pela etiqueta. Até porque, nessa época , nós compartilhávamos as mesmas gavetas da cômoda.
Assim, durante um bom tempo lá em casa foi um tal de me colocarem uma camiseta que vinha até o joelho ou então meus irmãos ficarem de umbigo de fora.
Quem devia achar um saco mesmo era a empregada ou a minha mãe, na hora de guardar as roupas.
Certa vez, estava eu com a minha mãe no supermercado e ela notou que eu ficava coçando o pescoço o tempo todo... Como toda mãe, ela foi logo procurar por alguma picada de inseto ou alguma alergia, mas não havia nada. Era o fiapinho de uma etiqueta mal cortada. Acho que essa foi a gota d'água: ela chegou em casa e mandou o meu irmão parar de cortar as etiquetas. Mas de que adiantava agora? Ele já tinha cortado todas mesmo...

Ah, e detalhe: ele nunca ganhou nada, só ficou com o um saco cheinho de etiquetas.

segunda-feira, julho 14, 2003

Caso Verdade

20 anos - Estação da Ingenuidade

Fazendo uma avaliação dos causos que eu, nesse espaço, tenho dividido com vocês e também dos que ainda não contei, resolvi selecionar esse que, fora os aspectos pitorescos do fato em si, agrega um outro componente X. Na verdade, R3x...

Segundo ano de Faap. Matéria: Fotografia. Professora: Dora. Tema do trabalho: "Mulher". Componentes do grupo: Eu e R3x. Como assim trabalho em grupo? O trabalho é individual,
disse a professora Dora.
Volta uma semana no tempo (meu sonho é fazer um post estilo Pulp Tarantino Fiction, sabe? Cheio de idas e vindas no tempo).
Reunião de grupo, ou melhor, de dupla:

_ E aí, R3x, o que vamos fazer?

Pára a fita: O R3x, apesar de japonês paraguaio - conforme já explicado em posts anteriores - havia descolado com seu irmão Celso, uma legítima super Nikon, modelo FM alguma coisa, para fazermos o trabalho. Para quem, como eu, dispunha apenas de uma Olympus Trip 35, era um upgrade e tanto. Solta a fita.

Não sei direito como, ou de quem surgiu a idéia, que devo confessar, era pretenciosa demais, quase arrogante para as nossas possibilidades. Mas, éramos jovens. E jovem é assim mesmo. É outro papo.

Mas a idéia que tivemos foi a seguinte: retratar os aspectos opostos da mulher (que no fundo compõem todas as mulheres): o sagrado e o depravado; o puro e o impuro. Enfim, tentar buscar nos contrastes uma abordagem um pouco mais arrojada e inusitada.

Fomos atrás do referencial santificado. Onde? Nas igrejas, ué! Procuramos enquadramentos criativos para várias estátuas da Virgem Maria (que apesar dos nomes e feições diferentes, representa sempre a mesma mulher). Para isso, valia tudo: subir no banco da igreja; deitar no chão da igreja; ficar esperando o sol bater em um determinado vitral para conseguir um determinado efeito, enfim, como disse, éramos jovens. Se tínhamos autorização para isso? Claro que não...

Pára a fita de novo. Lembrei que numa outra circunstância estávamos fotografando umas estátuas de Aleijadinho (acho que são réplicas) no saguão da Faap, quando aparece um segurança, com sotaque nordestino tão carregado que quase não entendíamos o que ele estava falando:
_Num pode tirar foto das estáuta, não!
_Mas estamos tirando sem flash, tentamos argumentar.
_ Mas num pode tirar, não. Cum fréche, sem fréche. Cum filme ou sem filme, num pode tirar, não.
Então vocês já sabem, mesmo sem filme, não pode tirar foto na Faap, não, hein! Solta a fita.

Bom, os primeiros 50% do trabalho estavam relativamente encaminhados. E os outros 50? Esses estavam meio enroscados...

A ingenuidade começa agora. Nessa época, achava que fotografar prostitutas, não deveria ser coisa do outro mundo. Lembro de ter assistido, na faculdade, um curta-metragem chamado “Beijo na boca”, onde as “primas” eram largamente filmadas e entrevistadas. Por que não, nós? Pensei eu.
Mas as coisas não foram bem assim...

E então, amiguinhos, no próximo capítulo, nossos intrépidos heróis irão tentar fotografar as moças da vida na Estação da Luz. Será que eles sairão livres dessa? Não percam o próximo post!

Teoria da Beleza
Ela fez a versão americana da séria série Emanuelle. Só isso, já vale, né? Krista Allen

Nello do Piripipi
Bom, então até onde eu entendi, o sr. Nello promoveu um evento em alguma feira agropecuária e levou a Gretchen. Só que, pelo jeito, não foi nos áureos anos da Rainha do Bumbum, precursora de Carlas Perez e Sheilas...
Mas o que aconteceu? Ela foi vaiada? O público não foi ao delírio ao som de "Conga, Conga, Conga" ou "Freak Le Boom Boom"?!...
Que mundo mais sem memória é esse em que vivemos, onde uma artista consagrada do porte de Gretchen não tem mais o seu talento reconhecido?!!!

sexta-feira, julho 11, 2003

Spinning in my head
A Flávia já sabe que o meu maior alucinógeno é a minha aula de spinning. Ontem, no final da aula, eu estava fazendo um alongamento. Olhei para o teto e vi... a capa de "Como é bom ser punk", segundo disco do Língua de Trapo, flutuando pouco acima da minha cabeça... Lembrei-me que comprei esse bolachão nas Lojas Americanas junto com "Scary Monsters (and Super Creeps)", do David Bowie, em 1985.
Pensei que se eu fosse o Rob Gordon de "Alta Fidelidade" e resolvesse organizar os meus discos por ordem autobiográfica, eu teria que guardar um David Bowie junto de um Língua de Trapo.

quinta-feira, julho 10, 2003

Suas risadas são tão legais
O palhaço Bozo sabia das coisas... risadas são mesmo muito legais. O Alex-J homenageou a risada do seu Valdomiro, que infelizmente, eu não me lembro, mas pensei em outras risadas de que sinto falta ultimamente:

  1. da Maria Cristina (expansiva e contagiante)

  2. do Daniel (escandalosa, quase sempre querem expulsá-lo do cinema em filmes do Jim Carrier)

  3. da Raquel (sempre acompanhada de copiosas lágrimas)

  4. do Carlão (sempre acompanhada de uma crise de tosse)

  5. da Fafá de Belém (quando ela participava de Os Trapalhões)

Não é justo!
Zizele, conta a-go-ra o lance envolvendo a Gretchen e o sr. Nello!

terça-feira, julho 08, 2003

Caso Verdade

24 anos – Abaixo os pedágios!!

Na minha opinião, de todos os Caso Verdade, esse é o mais improvável. As pessoas vão ler e dizer: “Sem chance” ou “Cascata, não, né?” ou ainda: “Ah, vai contar mentira prá surdo...” Mas é verdade. O pior é que é verdade. Ou melhor, o pior é que havia testemunhas (que não me deixam esquecer do ocorrido...)

Nessa época, a família da Cris tinha uma chácara perto de Sorocaba. Mais precisamente na altura do km 63 da Castelo Branco. Lugar muito legal. Pena que há alguns anos eles venderam. Era muito bom fugir para aquelas bandas no Carnaval. Ficava perto da cidade, mas bem longe do Rei Momo. Inclusive, lá rolaram muitos “Catoboro” (o arremesso e defesa que me referi no último CasoVerdade).

Não me lembro se esse fato ocorreu especificamente no Carnaval, mas é bem provável, porque a Castelo estava lotada. Marcamos de sair de manhazinha da casa da Cris, que nessa época morava no bairro do Pari. Chegou todo mundo. Bagagem arrumada. Carros abastecidos. Simbora!!

Nesse dia, o pai da Cris, o grande (e saudoso) Seu Valdomiro, meu futuro sogro na época, foi com a gente. Eu estava dirigindo e ele estava sentado ao meu lado na frente. Como disse, a Castelo estava bem cheia, então, próximo àquele primeiro pedágio estava tudo meio parado. Embreagem, primeira e pára pertinho do carro da frente. Embreagem, primeira e pára pertinho do carro da frente. E assim estava eu na fila do pedágio. Moleza, né? Dá para conversar, cantar, ler...

Nesses tempos, eu e a Cris já pensávamos em juntar as escovas de dente. Estávamos procurando apartamento. E daí é aquela coisa, quando você gosta, não pode pagar, quando pode, o prazo de entrega é muito distante. Quando atende os primeiros quesitos, o local é que não é tão legal...enfim, não é mole. Desta feita, o carro estava lotado de panfletos de construtoras que foram se acumulando pelo caminho: esse, não...muito caro...muito pequeno....não...esse é muito longe....e...opa!! (embreagem, primeira e pára pertinho do carro da frente)...esse aqui é interessante...rua tranquila... (embreagem, primeira e pára pertinho do carro da frente)...acho que dá para conseguir o dinheiro para essa entrada...já vão entregar no ano que vem? (embreagem, primeira e pára pertinho do carro da frente)...interessante essa planta...mas quantos metros qu....

_VOCÊ PASSOU!! VOCÊ PASSOU!!

Sim. Isso mesmo, eu passei. Eu consegui essa façanha. Passei sem pagar o pedágio.

Ou nessa época não existiam cancelas ou ela estava quebrada naquele dia. O fato é que pelo retrovisor, vi um funcionário do pedágio, de roupa laranja fosforecente, correndo atrás do carro abanando as mãos. Parei quase já no meio da Castelo. Tirei uma nota do bolso, pedi desculpas e nem quis saber do troco. Saí o mais rápido possível. Mas o funcionário até que foi compreensivo...

O Seu Valdomiro não se aguentava. Achei que ele fosse passar mal de tanto rir. Adivinhem qual foi assunto preferido do feriado.

Alguns meses depois, demos entrada naquele apartamento do panfleto, que é onde moro até hoje.

Passavam-se os anos e o Seu Valdomiro adorava contar essa estória, principalmente quando ia me apresentar a algum parente: “Esse aqui é meu genro, sabe o que ele fez?...”

E ria com seu jeito bonachão, como no dia em que aconteceu. Inclusive ele tinha um jeito bem peculiar de rir e esfregar as mãos ao mesmo tempo.Uma risada daquelas bem expansivas, sabe?

Faz falta.

segunda-feira, julho 07, 2003

Teoria da Beleza
Essa é show: Cindy Blackman.

sexta-feira, julho 04, 2003

Tudo é novo para os meus olhos velhos
Atualmente ando me sentindo meio tiozinho. Acho que sou o mais velho da minha equipe. Até meu novo chefe é mais novo que eu...Parece que, agora, todo mundo resolveu nascer de 1980 prá frente...Esses fedelhos que nem conhecem a música do baleiro (das balas Kids) ou que nunca viram aquele dispositivo acrílico colorido (azul ou rosa) que era acoplado às telas de televisores P&B, para que a televisão virasse “colorida”.

Dia desses, meu filho Pedro, dois anos de praia, ganhou uma camiseta da avó. Quando abriu, disse todo contente:
_Do Hamtaro!!
E eu: Ham o quê??

Pode ser que prá maioria isso não signifique muita coisa. Mas para mim, que sempre gostei de desenhos animados é frustrante. Posso não ter assistido muito, mas pelo menos sabia o que era Cavaleiros do Zodíaco, Pokemon, Digimon, Dragonball, Laboratório de Dexter e etc. Aí vem um serzinho de dois anos, todo empolgado com um personagem de um desenho que eu nunca nem ouvi falar?? Ah...isso dói...

Deve ser reumatismo.

R3x-D3 na Estrela da Morte
Sabem uma outra coisa que também é uma festa aqui? Escovar os dentes com uma torneira que fecha automaticamente.
Vc põe a mão embaixo prá pegar água e ela fecha... vc vai molhar a escova e ela fecha... que alegria!

quinta-feira, julho 03, 2003

Cotidiano
Inspirado pelo brother Martins, aí vai uma listinha de 10 pequenas boas coisas da vida dos recém-casados e que, às vezes, a gente nem se dá conta:

1 - poder tomar o seu café, feito na sua cafeteira, na sua xícara
2 - poder escolher a trilha sonora do jantar
3 - poder montar a nova mesa do computador às duas da manhã
4 - poder escolher as suas próprias marcas de sabonete, pasta de dente e papel higiênico
5 - poder circular pela casa em trajes sumários
6 - ter a sua própria caixa de ferramentas
7 - ter a suas próprias plantas
8 - ter o seu próprio carrinho de feira
9 - comer uma comidinha tôsca qualquer, mas achar o máximo
10 - adiar todas as tarefas chatas para sabe-se lá quando

Caso Verdade

25 anos – O Coco Rachado

A crítica não gostou. Você não pediu. Mas ele voltou: Caso Verdade. A série que não abalou a opinião pública americana.

Houve um período na minha vida em que eu estava fissurado em beisebol. Assistia a todos os filmes que fizessem referência (Campo dos Sonhos, Crazy Thing, Se Ficar o Bicho Morde, The Natural - onde o Robert Reford faz um bastão com a madeira de uma árvore que foi atingida por um raio- e muitos outros). Procurava acompanhar o jogos na ESPN e também fui assistir pessoalmente alguns jogos em Cotia, no Bom Retiro e no Nikkei de Santo Amaro. Até comprei bastão e luvas. Enfim, me tornei um verdadeiro fã do esporte. Só faltava mesmo jogar.

Mas finalmente aconteceu. O Milton, meu chefe na época, como bom japonês que é, havia jogado na infância (ao contrário de um outro japonês paraguaio que atende pela alcunha de r3x, que na infância não jogou beisebol e nem fez judô...mas pelo menos hoje em dia temos um ótimo levantador, né?) e começou a ficar animado com tanto papo de beisebol (o r3x também estava nessa, é novas). O Milton descobriu que próximo ao seu prédio, havia um pequeno campo onde um clube treinava. Ele se infiltrou e consegui uma permissão para irmos lá fazer um “catoboro” (arremesso e defesa) uma vez por semana.

Apesar de me sentir um pouco estranho sendo o único caucasiano (gaijin) de todo o clube, estava feliz da vida por estar tendo algum contato com o esporte. O problema é que treinávamos das sete às dez da noite. E o Milton, educadamente, sempre insistia para que passássemos na casa dele para jantar. Só que eu voltava de metrô prá casa, então sempre ficava meio tarde.

Numa noite dessas, depois da carona até a estação São Judas, aconteceu um fato, no mínimo tragi-cômico: desci correndo (como sempre) a escada de acesso à estação, sem notar que o portão já estava um pouco abaixado.

Pausa dramática.

Foi uma cabeçada daquelas. Posso garantir a vocês que o material do portão do metrô é de muito boa qualidade, viu? Resiste bem aos impactos...

Lembro de ir andando em direção às catracas, um pouco tonto, sentindo dor e então, comecei a sentir meu cabelo molhado. Coloquei a mão na cabeça. Era sangue. Muito sangue. E começava a pingar no chão.

Não sabia direito o que fazer...resolvi chamar um funcionário do Metrô e perguntar se eles tinham enfermaria na estação. Quando o cara viu, ficou mais assustado que eu. Me levou para uma salinha. Chamou outros funcionários e uma mulher me disse que eu precisaria ir até um hospital para costurar...

Ela chamou uma ambulância do próprio Metrô, que na época era uma perua Ipanema (que por sinal, bem apertada para essa finalidade). Quando a ambulância chegou, eu já fui indo sentar na frente ao lado do motorista, quando ele me disse:
_Não pode não, moço. O senhor tem que ir na maca lá trás.
_Mas não tem necessidade, eu disse. Eu tô bem...
_É, mas não pode mesmo. É contra a lei, ele disse.

Lei? Que diacho de lei é essa? Bastard...Bom, o fato é que numa quarta-feira de 1995, por volta de meia-noite, eu estava passeando de ambulância (com sirene ligada e tudo - pelo menos isso...), tentando segurar um chumaço de gaze na cabeça com uma mão e me segurar em cima da maca com a outra...que situação mais ridícula...

Então, não sei bem porquê, comecei a rir...ficava pensando naquilo e ria mais ainda. Fiquei até com cãimbras na barriga. O motorista da ambulância deve ter pensado que a pancada na cabeça foi forte mesmo...

Cheguei no PS Jabaquara. Aí acabou a graça. Na verdade, tudo ficou bem deprê. Pessoas largadas no corredor, pessoas gemendo sem atendimento, feridos de bala chegando, hospital meio escuro, meio caindo aos pedaços...quanto sofrimento. Não para mim, mas para quem só tem esse tipo de opção na hora da doença.

Mas até que fui bem atendido. Tive um pedação do cabelo rapado. Ganhei uns pontos, uma antitetânica bem doída e uma bandagem que cobria a cabeça toda. Cheguei em casa mais de duas da manhã. Lembro que quando minha mãe viu o tamanho da bandagem ficou bem assustada.

Mas como vocês já sabem, ela tem bastante experiência no assunto. Só estava um pouco destreinada...

quarta-feira, julho 02, 2003

Extra! Extra! Alex-J derruba Amaury Jr na calçada!
O plantão da série "Caso Verdade" informa em edição extraordinária. O repórter R3x Barcelos está no local e tem mais informações:
- É isso mesmo, gente! Aconteceu na hora do almoço, em frente a uma banca de jornais. Alex-J, o conhecido comentarista de blogs de internet empurrou e derrubou o apresentador Amaury Jr. na calçada. Alex-J foi pêgo em flagrante e levado até a 58ª DP, onde prestou depoimento, visivelmente irritado: "Eu não vi, p...!! Foi sem querer. O display estava na calçada e quando eu vi, já era. Mas eu já botei de volta, c...!"

Pense e dance
É uma pena que o sr. Alex-J tenha me questionado sobre o Flashdance que foi um filme a que eu assisti poucas vezes... Se ele tivesse me perguntado sobre Splash, uma Sereia em Minha Vida, aí, sim, ele ia ver uma coisa!

terça-feira, julho 01, 2003

Adrian Lyne – O Moralista
O que esses filmes têm em comum?

1986 - Nove 1/2 Semanas de Amor (Kim Bassinger, Mickey Hourke)
1987 - Atração Fatal (Michael Douglas, Glen Close)
1993 - Proposta Indecente (Robert Redford, Demi Moore)
2002 - Infidelidade (Richard Geere, Diane Lane)

Primeiro: todos são do diretor Adrian Lyne.
Segundo: todos tem uma forte carga erótica
Terceiro: todos têm finais infelizes

O que ele está querendo dizer? Que se você trair a sua esposa, pode acabar com o coelho da sua filha na panela e um cadáver que não morre na banheira? Que se alguém pagar uma milha de doletas por uma noite com a sua esposa, vai acabar com toda sua vida? Ou se sua esposa te trair com um carinha mais jovem, esse carinha vai amanhecer enrolado em um tapete no lixão? Sim, para Adryan Line, tudo termina mau. O cara capricha no erotismo, nas cenas tórridas para depois dizer: Gostou? Então toma cuidado porque olha o que vai acontecer...

Meu ponto é: se tudo vai terminar mau, porque tanto esmero em cenas como aquela da cozinha, onde a Kim Bassinger vendada vai experimentando as coisas? Ou aquele striptease ao som de “You can leave your hat on”? Eu não entendo.

Mas existe uma exceção na filmografia dele, sabem qual?

Flashdance

Antes de postar essa informação, fui confirmar (via icq) com o master se esse filme tinha mesmo final feliz.
Vejam a aula:

alex-j: renévers, consultoria:
O filme Flashdance tem final feliz?
R3x: of course!!! quer que eu conte?
alex-j: sure
R3x: a jennifer beals queria fazer um teste para um curso de dança... aí ela se esforça e passa, mas descobre que o namorado tinha mexido uns pauzinhos....
R3x: aí fica aquele conflito, né?... passei pelos meus próprios méritos? não passei?
alex-j: e...
R3x: e aí como é que ela vai viver com um cara que nem a deixa passar sozinha pelos seus próprios desafios?...
alex-j: right, go ahead
R3x: meu, se o cara ama a garota de verdade, ele não pode ficar usando de suas possibilidades materiais prá pagar os sonhos dela, pode?!
alex-j: não, não pode, esse bastard!
R3x: porque, sei lá, quando um cara ama de verdade, ele quer que a garota vença pelos seus próprios méritos, cê não acha?....
R3x: senão, tipo, pô, ele não acha que ela dança bem?
R3x: sei lá, vai ver que ele está achando ela meio gorda... ou fora de forma...
R3x: tá. tudo bem. ela tinha comido mais chocolate nesse momento... estava meio ansiosa por causa dessa história do teste e tal...
alex-j: mas ele viu ela dar aquela corridinha sem sair do lugar e depois voar que nem o super man?
R3x: não. isso aí só quem assistiu o filme que viu... como vc sabe, ele ficou esperando do lado de fora com o cachorro e um monte de balões...
alex-j: ah tá...
alex-j: ou seja, ele não viu ela dançando a música-tema do filme?
R3x: não. os ensaios eram secretos... vc sabe... em hollywood, os heróis têm que se esforçar sem esperar reconhecimento ou recompensa... eles sofrem sozinhos... só o público que vê...
alex-j: esse é o segredo...that bastards...
alex-j: renévers...então...agora preciso que vc termine, a estória do flashdance, porque este chat acabou de virar parte de um post. Tem jeito?
R3x: don't push me.
o que mais vc quer saber?
é claro que a alex perdoa o namorado (que era o patrão dela) e fica tudo bem...
alex-j: right... :-(

Parece que depois de informar que o chat estava sendo filmado tirei toda a espontaneidade do master...
Esse negócio de público/privado também daria vários posts. Mas valeu a aula.