sexta-feira, setembro 19, 2003

Post pós-férias perdido
Não consigo perder a mania de todos os anos, durante as férias, tentar o mesmo inútil exercício: alcançar o mesmo estado mental de tranquilidade das férias dos meus tempos de criança.
Sim, eu sei que é ridículo, mas acreditem: todos os anos eu faço isso.
Este ano, cheguei ao cúmulo de ir a um sebo no centro de São Paulo para procurar as revistas em quadrinhos que eu lia naquele tempo. Comprei um pacote de "Riquinho", "Tininha", "Bolota" e "Brotoeja"... mas, é claro, não funcionou.

Já discuti sobre isso várias vezes com o Alex-J, do quanto é perigoso e pode se tornar decepcionante esse negócio de tentar "remeter a emoções passadas"... mas deve ser um vício. Ou um saudosismo exacerbado que vai crescendo proporcionalmente à idade.

Tenho uma lembrança recorrente do tempo em que eu ficava em casa, durante à tarde, sem nada prá fazer... me lembro de estar sentado no quintal, com as costas contra a parede, devorando um pedaço de pão sovado lambuzado com mostarda e lendo quadrinhos. Hoje, esse quintal me parece tão menor!

Aí fica uma impressão, durante os primeiros dias, que eu não vou conseguir aproveitar plenamente os dias de folga para me desconectar de todas as preocupações. Preocupações essas, que simplesmente não existiam naquele tempo. Aí é covardia, né?
Mas a solução está sempre diante do meu nariz e eu levo um tempinho pra perceber. Basta mudar um pouco de ares, sair um pouquinho de casa (eu adoro ficar em casa), dar um pulo em Drack e pronto. Cérebro novamente novo em folha. Ou quase.